Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Problemática do inconsciente

Num primeiro tempo a impressão que fica num corpo, dará como projeção um sentido dirigido às coisas e objetos, porque de outra forma não faria sentido. Aqui, nos é dado a perceber o arco reflexo derivado do meio formativo e ambiental. Esta será a expressão de um corpo, que podemos observar através de seus movimentos, que sem palavras fabrica uma atividade motora dirigida, em que o inconsciente não pode ser traduzido, mas apenas sentido, devolvendo ao meio um estímulo transformado por um sentir interior, que é subjetivo. Pela primeira vez damos conta do princípio de satisfação e prazer, quando se trata de atitudes condizentes com a nossa sustentabilidade e preservação da vida, que requer a procura exterior por objetos que consigam a realização dessas necessidades. Por outro lado, somos levados a considerar que tudo que possa afetar tal princípio, requer uma adaptação do corpo às novas condições, ou uma luta interna contra a invasão de algo estranho, pelo menos assim pode ser considerado pelo o indivíduo, notando-se assim uma insatisfação, que pode ir até à raiva, ou destruição do invasor. Tudo isto pode suceder numa fase primária da existência de um ser humano, em que a imaturidade de um corpo que pensa, não está pronto para dissolver esse conflito produzido pela afetação de um corpo que sente, em que a verbalização de uns, não consegue ser compreendida por outros. A tendência é que esse sentido proveniente do inconsciente projetado no exterior não tenha voz, em que o sujeito apenas sente e não consegue verbalizar, dado que deriva de cenas infantis, que por vezes são lembradas em sonho, mas não conseguem ser associadas aos sentidos projetados. Numa forma primária, parece existir uma dissociação entre a memória e os sentidos, o que nos leva a acreditar em funções separadas no cérebro, que a mente humana apresenta alguma dificuldade em estabelecer uma conexão entre elas, em que o sentido não consegue ser decifrado pelo indivíduo. Podemos perceber sua conexão a partir de uma cena semelhante que possa produzir os mesmos efeitos, mas não saberemos qual a cena original que produziu tal sentido, em que o medo, por exemplo, pode ter efeitos semelhantes ao extraído da cena original. Aqui, nos apraz registrar, que tratando-se de uma outra cena, não teria ela os mesmos efeitos, mas o psíquico não sabe distinguir, e lhe garante o mesmo sentido, o que nos leva a considerar uma simples reação do corpo, alheia ao próprio pensamento. Podemos extrair daqui a idéia, que a mente funciona com tudo aquilo que está associado entre si, e não consegue funcionar com aquilo que está dissociado, pelo que as respostas são diferenciadas, e o lugar que ocupam na função também será diferente. Por conseguinte, algo deve ser incluído para que tenha lugar uma reorganização mental. Só perante a visibilidade da cena primária por parte do indivíduo, e das consequências que as mesmas tiveram em seu interior, associando a cena aos sentidos, pode perceber de onde lhe vem tal sentido projetado no exterior. É aqui, que entra a verbalização, primeiro como identificador de um fenómeno físico e químico, e a filosofia, entendida como poder intelectual de o interpretar, em que o oculto, não mais o será, mostrando-se á realidade, ou seja, à luz do dia, designado por consciente. Será, pois, essa dissociação entre o oculto e a realidade observada, que apresentam diferenciais de potência exagerados, que geram os conflitos psíquicos, em que só a verdade te salvará. O oculto funciona como um compartimento separado, que embora tenha uma porta, o ser humano percebe-se incapaz de a abrir, por desconhecer o que se encontra ali, por medo, ou devido à sua incapacidade de o incluir na cadeia do pensamento lógico. Essa aflição, o conflito psíquico, passa a moderado, quando o indivíduo obtém a explicação de que o oculto é o campo de atuação do divino, ou do demoníaco, que nele habitam, que para ele passa a ser intocável. No fundo, parece tratar-se de argumentos para tapar um buraco aberto, o do oculto, que de outro modo não teria condição alguma de ser explicado, passando o virtual a ser realidade. Temos fortes indícios para assim pensar, dado que as proibições, e todo o gênero de atitudes que afetam o corpo, não compreendidas, por norma, levam a pessoa a traçar esse caminho. A lógica se mistura com a crença, sendo esta a primeira que se desenvolve no ser humano, cujo desenvolvimento obedece a uma lógica, e consequências, também elas consideradas lógicas, em que o indivíduo parece ter alguma dificuldade em saber o que é real e virtual. A realidade terrena mistura-se com o virtual do além, passando ambos a constar de sua realidade interior, passando o ser humano a fazer parte de dois mundos diferentes. Em alguns transtornos psíquicos podemos observar isso.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Frase da semana

Quando as pessoas nada dizem, depois de se compromissarem, algo nos querem dizer. Joao António Fernandes - Psicanalista Freudiano

sábado, 13 de outubro de 2012

Frase da semana

Tantas vezes estamos contra a própria natureza das coisas, julgando ser Deus, queremos organizar o mundo segundo nossa perspetiva, chamando a isso ciência, quando na realidade se trata apenas de um movimento de transgressão a uma ordem universal estabelecida. Quando isso acontece, a meu ver, não podemos falar de psicanálise

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Analizzare e AT de Ronaldo Machado Mattar, em reunião ontem, acertaram uma parceria, tendo em vista a dependência química, seu enfrentamento e formas de levar à prática uma terapia e análise, que seja capaz de devolver ao paciente e suas famílias a alegria de viver sem aditivos