Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Prova científica da teoria de Freud

Cura pela Palavra: Psicoterapia pode Reorganizar Circuitos Neurais, aponta estudo Uma das principais críticas às ideias de Sigmund Freud sobre o funcionamento da mente é a suposta ausência de comprovação científica, apesar dos resultados práticos no tratamento do sofrimento psíquico e seus sintomas. No entanto, os avanços na técnica de neuroimageamento têm possibilitado o estudo dos efeitos cerebrais do método da “cura pela palavra”. Duas pesquisas, da Universidade de Amsterdã e da Universidade de São Paulo (USP), mostram que a psicanálise e a psicoterapia causam alterações em áreas neurais relacionadas à tomada de decisões e ao controle das emoções. Pesquisadores holandeses registraram durante quarto meses a atividade cerebral de 35 voluntários diagnosticados com transtorno de estresse póstraumático (TEPT). Parte deles frequentou sessões de psicanálise e o restante não passou por nenhum tipo de psicoterapia. As imagens revelaram que o grupo que fez o tratamento apresentou maior atividade no córtex pré-frontal. Além disso, os pacientes mostraram- se menos aflitos ao falar sobre suas recordações e relataram menor frequência de pesadelos e pensamentos recorrentes. O outro estudo, do Instituto de Psicologia da USP, avaliou os resultados da terapia cognitiva (TCC) e obteve dados parecidos. O psicólogo Julio Peres acompanhou por dois meses o tratamento de 16 voluntários com TEPT submetidos a sessões semanais de psicoterapia de exposição e reestruturação cognitiva, que consiste em confrontar o paciente com sua experiência traumática e estimulá-lo a reavaliar o próprio medo. As neuroimagens registradas ao longo do experimento mostraram que a atividade da amígdala – região relacionada à vigilância, à percepção de ameaça e às emoções – diminuiu em comparação com o grupo de controle, formado por 11 pessoas. Esse experimento indica que o tratamento pode modificar circuitos neurais. Segundo Peres, as alterações concentram-se em áreas relacionadas a dores e dificuldades, o que evidencia o potencial terapêutico da psicoterapia. Fontes: Mente e Cérebro - news.psicologado.com/neuropsicologia

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Caos e instintos

Freud e o inconsciente – Garcia Roza - A idéia de ¨ organização ¨ da libido numa fase pré-genital implica que Freud tenha admitido que a sexualidade anárquica do período do auto erotismo comece a se organizar em torno de zonas privilegiadas antes de adquirir uma organização global em torno da zona genital. Freud, sem dúvida alguma, elabora a noção de zona erógena segundo um referencial anatomofisiológico. Após refletir mais e depois de levar em conta outras observações, fui levado a atribuir a qualidade de erogeneidade a todas as partes do corpo e a todos os órgãos internos (ESB, v.VII, p. 188, nota) Aqui a anarquia semelhante ao caos, não pode se referida ao corpo, mas antes á percepção que o ser humano possui dele, que pretende transformar, de acordo com a observação e poder de investigação, que garante o saber, não só em relação á sua evolução, como também relativamente á função de um organismo. Se por um lado será constatada, o que podemos considerar como anarquia, por outro lado nos é dado a saber, ser ela pertença de uma determinada organização genética / biológica, que tende a reorganizar-se em função do meio e da própria evolução de um corpo. Assim, em primeira análise o exercício da sexualidade depende da maturação de um corpo, cujo sentido dependerá do meio envolvente, que serve á sua formação psíquica. Não será a formação que confere sentido, como a proibição do incesto, por exemplo ? O mesmo será afirmar, que pode existir um desvio da pulsão em relação á sua fonte original, mas nunca será possível a eliminação do instinto, servindo-se este do apoio da pulsão para satisfazer suas necessidades. A pág. 100 refere o seguinte: -O objeto do instinto é o alimento, enquanto o objeto da pulsão sexual é o seio materno. Tentar distinguir, o que é dado a uma necessidade e a um desejo, julgo que deve passar por entender em primeiro lugar, o objeto do instinto, entendido como necessidade básica, e o sentido determinado através da relação com os objetos exteriores, como processo secundário derivado de desejos humanos. Perante a impossibilidade de castração dos instintos, só nos parece restar mesmo o sentido da pulsão que o possa apoiar. É aqui, que damos conta de uma forma de pensar, que tende para a uniformização, que ignoramos tantas vezes, que possa ofender os princípios da própria natureza do ser humano.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Permissão e repressão

Não merece discussão, nem causa qualquer tipo de discussão a realização das necessidades básicas do corpo para que a função não sofra abalos, mas o mesmo não podemos afirmar quando falamos de desejos psíquicos, que se encontrem para além de tais necessidades. Aqui, damos conta, que uma vez permitidas determinadas atitudes, repetidas tantas vezes, ganham corpo no corpo do ser humano, a que designamos por incorporação, passa a constituir uma necessidade, embora secundária, seguindo o mesmo caminho das necessidades primárias. Somos levados a considerar a importância na formação humana da permissão, em detrimento da repressão, dado que esta só tem lugar a partir de uma permissão, que não mais parece ser tolerada, e tenta-se reprimir, em que damos conta de uma possível perda, que o indivíduo não está pronto a encarar. Permitir, dar algo, ou alguma coisa, será sempre bem vindo, mas uma vez adquirido, o indivíduo entrando na sua posse, não deseja perder, o que pode gerar um conflito quando se apercebe que pode, ou vai perder, ou alguém pretende roubar o que por direito lhe pertence. A repressão funciona como a possibilidade de roubar a liberdade individual, reprimir seus desejos, castrar o seu sentido de vida, que lhe fora concedida pela natureza, ou permitida mediante sua formação infantil. Decididamente formar não é castrar, reprimir, mas apenas, e tão só, não permitir. O corrupto só o é de fato, quanto alguém cede á sua sedução, o que nos leva a considerar, que a tentativa de corromper, só será concretizada, se um outro permitir. A corrupção começa no seio da família, em que o pai é desautorizado pela mãe, ou vice versa, em que o adulto perverso, faz do filho um pervertido, e transgressor da lei.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A vontade de nada

Afirmam certos filósofos, e alguns outros entendidos acerca da vida e morte, que a vontade emergente de uma potência, seria como a vontade de nada, análoga a uma tendência de destruição e de aniquilação. Tal vontade de potência não pode ser nada, dado que provém de algo, ou alguma coisa, que a tornou em potência, em que a ausência do sentido dirigido ao mundo exterior apenas garante a sensação de um vazio, da possível existência do nada. Será pressuposto, que o nada é o pronunciamento de uma sensação de vazio, de um ausência, o que não significa, que o nada exista, muito embora não possa ser percebida como coisa concreta, palpável. A verbalização garante uma idéia, mas é incapaz de definir em toda a sua dimensão as questões fenomenológicas, pelo que, deve ser entendida como uma forma de comunicação, que serve á realidade vivenciada, mas não a uma realidade oculta, que o indivíduo não consegue enxergar, muito embora sentida. A primeira grande definição, e diferenciação, muito embora para o sujeito possa parecer indefinida e indiferenciada, é derivada dessa vivencia diária, que garante a sensação do real, do viver, que confere a definição e diferenciação em relação a todas as coisas, e os sentidos de um corpo, como a forma mais arcaica de captação de sentidos de um mundo exterior, que foi passado, e já não existe mais. Aqui, damos conta da formação do inconsciente a partir de uma forma consciente, que adquiriu a seu tempo um sentido incorporado, como representação de um mundo exterior, que posteriormente é representado pelo corpo, que nele próprio se manifestou. A distância entre os fatos ocorridos, sentidos e / ou observados, perduram através dos tempos, mediante os registros na memória , cujos sentidos são a representação do inconsciente, que ao serem despertados obterão uma resposta imediata, como forma de reagir a imagens semelhantes, que serão presentes ao indivíduo no futuro, que a todo o momento se pode fazer presente. O que me leva a afirmar, que o futuro não será coisa diferente daquilo que se faz presente, em que o passado se faz representar no presente e no futuro. As diferenças encontradas são resultantes da impossibilidade de repetir de maneira exata os mesmos movimentos, em que as divergências surgem por justaposição das semelhanças, que estão sujeitas á alteração das formas existentes. Se a essas alterações percebidas e vivenciadas damos o nome de vida, elas estão sujeitas ao mundo da animação, que exige o movimento e a transformação das formas existentes, em que Eros é representado pelo movimento, e pela transformação. Os objetos inanimados, designados inorgânicos, são representados pelo imobilismo, a que damos pelo nome de morte, que não Tânatos. Tânatos não é a morte, embora o inanimado seja análogo a um corpo, aparentemente sem vida, ele a possui, embora com uma outra dinâmica, que não será a nossa, o que a torna incompreensível para o indivíduo, por isso mesmo não desejada. Tânatos será essa representação viva de formas inanimadas, que obedece a uma determinada organização elementar imaterial, que entre seus elementos apresentam do mesmo modo um movimento, embora não seja perceptível ao ser humano. A meu ver, o primeiro erro de análise surge dessa incompreensão da própria natureza das coisas, em que a para o indivíduo só tem vida tudo o que mexe, e pode ser enxergado em seus movimentos. O que não pode ser enxergado segundo o princípio do movimento, para o indivíduo é representado pela morte. Assim, a vontade de nada não existe. De certo modo, minha afirmação, corresponde á idéia da inexistência do livre arbítrio de Freud.