Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

sábado, 30 de abril de 2011

O QUE VOCE ENTENDE POR LIBIDO

l — As chamadas fixações libidinais.
Não é necessário chamarmos, nenhum gênio, para concluirmos que o cuidado educacional deve começar, por assim dizer, no recém-nascido. Como assegura Robert Gaupp, "cada função tem a sua data em que com a maior ou menor rapidez ocupa o primeiro lugar, para depois se esbater lentamente em favor de outra".
Contudo, Gaupp acrescenta: "Tais alternativas não parecem ter sua origem em influências externas, senão em propriedades inerentes ao desenvolvimento biológico".
No entanto, essas mesmas propriedades inerentes ao desenvolvimento biológico podem ser alimentadas em demasia; ou melhor, viciadas pela ação do meio.
O infante de peito, por exemplo, que suga o seio materno em excesso, ou que depois é distraída pela chupeta, desperta para os lábios, que é uma zona erógena, (zona do corpo que produz prazer sexual) as "atenções" da "sexualidade". Ora, é precisamente nessa época que se instala a "fase oral da libido".
A importância dessa etapa da existência, é inimaginável, basta dizer que da "fixação libidinal", na fase oral, podem surgir, as mais diversas anomalias sexuais, bem como inúmeros vícios que aparecem mais tarde, na idade adulta, cujas raízes a análise descobre, mascaradas sob outras formas de exteriorização.
A tarefa profilática consiste em não prolongar as "mamadas" do lactante. O leite deve ser fornecido em horas certas, não deixando que a ingestão alimentar ultrapasse os limites prefixados pela puericultura moderna.
Se depois de alimentada, a criança "choramingar", inquietando-se, ou não podendo conciliar o sono, cabe à vigilância materna entreter o garoto por "outros meios" mais salutares, em vez de, por comodidade, distraí-la com "bicos" ou "chupetas".
Adejar desses objetos (ou mesmo a demora no seio materno) trazerem as conseqüências mais nefastas à educação sexual, acarretam, ainda, esses criminosos condutores de micróbios, os males mais imprevistos e, às vezes, irremediáveis.
Aqui não é lugar para explanarmos sobre higiene infantil, entretanto, para fazermos uma dissertação mais ampla a respeito. Consultem, porém, os leitores, os livros de higiene infantil.
O que é fixação da "libido"? "Fixar a libido" é imprimir no inconsciente a imagem viva de uma impressão forte. Não é difícil essa "fixação". Em geral as mães ou as nutrizes, têm o costume, vez por outra, (não raro até em tom de brincadeira), de censurar por meio de atos, palavras e festas à criança que chupa um "bico" que suga em demasia o seio, ou que se distrai com o dedo na boca.
Processos condenáveis, muitas vezes são aplicados, segundo a idade do petiz: "Não faça isso que é feio"; outras vezes dão "palmadinhas" na mão dos filhos, censuram-nos com olhares rancorosos, arrancando de súbito, os objetos ao alcance da boca. Por outro lado, colocam sal ou pimenta no bico dos seios... Utilizam-se, enfim, de mil e um recursos inúteis e perigosos.
O infante, em vez de se esquecer, como em geral se pensa, de todas essas "repreensões", plasma a impressão, em imagem viva, no inconsciente.
E, quando se tornam homens, sem saberem por que, tornam-se anormais no amor, adquirem vícios perniciosos, como o do álcool, por exemplo; graças às impressões gravadas durante a infância e que perduram por toda uma vida.
A "libido" volta ao "ponto fixado", tão desejado nos primeiros anos juvenis, sob uma modalidade disfarçada de atitude. Chama-se isso, em psicanálise, "regressão".
A "regressão", como conseqüência da "fixação", a "fixação", como resultado do "recalcamento", enlaçam, em última análise, toda a doutrina freudiana. Aí repousa justamente o que todos os educadores deviam saber antes de iniciar o trabalho educacional da infância. Sentimos não poder explanar nestas páginas um resumo, que fosse, das noções fundamentais da psicanálise, porém isto nos levaria longe, obrigando-nos a nos afastar da finalidade deste artigo.
Prosseguindo no que vínhamos dizendo, cumpre-nos acrescentar, que dessas impressões infantis, nem sempre surge anormalidade, o que porém ,a experiência psicanalítica demonstra é que tais desvios psíquicos têm as suas raízes nos primeiros anos da vida. "Tanto mais intensa é a estagnação de uma corrente, tanto mais retrocedem as águas". Quanto maior for o embaraço da libido no curso do seu desenvolvimento normal, tanto maiores serão as "regressões" aos pontos "fixados". Mas, como dizíamos, nós nunca argumentamos com as restrições.
O tabaco, por exemplo, produz o nicotismo do coração. Vêem-se, entretanto, velhos de mais de 80 anos que nunca tiraram o cachimbo da boca, gozando a mais perfeita saúde. Nem por isso devemos basear-nos nesses exemplos isolados, tão a gosto dos espíritos contraditórios.
2 — Comportamentos sentimentais
Partimos, agora, aos beijos, aos carinhos excessivos das mães em relação aos filhos. Neste ponto Watson pondera: "As mães não sabem que quando beijam as crianças, quando as agarram e balouçam, acariciando-as e levando-as ao colo, modelam aos poucos um ente incapaz de lutar contra o mundo que vai cercá-lo".
E questiona:
"Que dizer sobre as amizades e o comportamento sentimental das crianças? Serão espontâneos? Quererão insinuar que o amor aos pais não é instintivo? Um fato apenas provocará reciprocidade afetiva na Criança — isto é, o contato da pele, dos lábios, ou dos órgãos genitais. Não importa quem os toca. Ela amará que os tocar. Deste barro se forma todo o amor, seja maternal, paternal ou conjugai. Difícil de crer, mas verdadeiro".
"E necessário desempenhar, cultivar socialmente certo grau de reciprocidade afetiva, mas poucos são os pais que percebem exagerar facilmente este sentimento na criança. A simples idéia de refrear o amor paterno ou filial, pode ser dolorosa, mas se se convencerem de que só trará benefícios ao pequeno, porque não se sacrificam?".
Talvez não será uma questão de sacrifício, senão uma maneira "difícil" de ser removida pelos pais em relação aos filhos. Os pais, por certo educados também com carinhos excessivos dos seus, não podem compreender, sem uma grande reação anímica, aliás, salutar, que os excessos do sentimentalismo, prejudicam o futuro de seus "pequenos".
As complexões, recheadas de afetos familiares, sufocam o raciocínio, ou melhor, a razão.
Inconscientemente dizem muitas vezes: "Eu sei que isto é nocivo. Mas, eu não posso. Tenho que acariciar meu filho, se possível a todo o momento",
Faz-se necessário, assim, uma espécie de ginástica mental. A pessoa deve conversar consigo mesmo a esse respeito. Tudo aquilo que a razão já aceitou como nocivo deve ser eliminado como nosso inimigo. Se sabemos que os carinhos em excesso são altamente prejudiciais, não custa submetermo-nos a uma auto-analise, nesse sentido, deixando que as nossas fraquezas íntimas venham à superfície da consciência, sem nenhuma crítica, ou melhor, afrouxando toda a nossa "censura" pessoal.
Muitas vezes dizemos: "Ora! Se meus pais não fossem tão bondosos para mim, se não me fizessem todas as vontades, hoje certamente, eu não estaria assim!..." Por isso diz Ralph: "Dê aos seus ouvidos a oportunidade de ouvir, de sua própria voz, a expressão desses pensamentos desagradáveis que até agora tem conseguido dissimular-se nas sombrias e inacessíveis regiões do seu espírito".
Ser "abrupto" com osfilhos jamais. Ao contrário. Bondade não quer dizer nunca fraqueza de ânimo nem exclui o dever de orientar. "A bondade é a caridade da inteligência". Com inteligência podemos ser "bons", "amáveis", "estimados" pelos nossos garotos, sem que eles percebam os limites das nossas concessões inteligentes.
Prosseguindo, já não é difícil concluir que "se uma criança for educada de acordo com os princípios ideais, não será nem extravertida, nem intravertida. Será equilibrada entre aqueles dois extremos. Qualquer desvio nessa posição normal indica que a personalidade foi atingida pela "mão morta" das influências nocivas".
"Segundo a regra geral: as tendências citadas resultam da maneira pela qual reagiu a suscetibilidade psíquica infantil aos temperamentos das pessoas com que está em contato mais direto: pais, tutores, educadores; depende da repulsão ou da atração entre esses dois fatores. Quando existe a repulsão, isto é, quando a influência sobre a vida infantil é extravertida, resulta um estado patológico conhecido, em psicanálise, pelo termo - complexo. Em caso contrário, de influência intravertida, de atração, o resultado patológico tem. o nome de - fixação
3 — Ã fase anal sádica.
Assim como vimos, à "fase oral da libido" sucede uma outra denominada "fase anal sádica". É um novo despertar de sensações. A criança começa a perceber que o ato de urinar e defecar constitui para ela fonte de prazer. Procura, por isso, prolongar esses atos fisiológicos o mais possível.
Geralmente, a demora com que são realizados leva as mães a chamarem, a atenção dos filhos, inibindo-lhes assim um desejo que procura, naturalmente, a satisfação.
Tanto os meninos, assim como, as meninas, não sabem ainda por que prazerosamente gostam de ficar sentados nos vasos sanitários por algum tempo. Essa atitude dos instintos, e que eles não compreendem, é apenas agradável. Dá-lhes uma sensação de bem-estar e nada mais.
Determinado número de crianças, brincam mesmo, com o produto de suas defecações, lambuzam-se com a urina, entretendo-se nesse "esporte" por um espaço de tempo, às vezes grande.
Tudo correria "sem maiores conseqüências" se as pessoas que cuidam desses "garotos travessos" os vigiassem delicadamente, impedindo, com destreza de atitudes, que eles alimentassem esses atos por espaço de tempo.
Claramente. A vigilância deve ser aí a mais dissimulada possível. Horas certas. Tempo apenas necessário. Se a criança insiste em ficar sentada no vaso, ou, em uma palavra, se reage e toma atitudes para continuar, persistindo nesses atos "intermináveis", deve-se distraí-la, cuidadosamente, procurando-se chamar a sua atenção para "outra coisa qualquer" mas nunca despertá-la em relação ao "não faça isso que é feio".
Criticá-la, dando a entender que "aquilo" é indecente, gritar, bater, "por de castigo", ameaçá-la com "quartos escuros" é criar para o inconsciente as primeiras impressões de um mundo hostil, cuja razão dessa hostilidade ele ainda não pode compreender.
Abster-se, por outro lado, que a criança fique à vontade, ou porque as mães não se queiram, preocupar "com isso", ou ainda porque tenham "pena", é alimentar e, portanto deixar que a "libido", talqualmente como explicamos anteriormente, comece a ter "preferências" por uma zona também acessível às "fixações".
Bem como na fase anterior, a "anal sádica" refere-se também a uma zona erógena ano-retal e que se define, graças às excitações da mucosa aí existente.
Comporta dois períodos:
O primeiro com o prazer de alimentar as excreções através do prazer recebido:
O segundo, quando a criança percebe, por causa das restrições, que deve reter as fezes.
Importantíssima é esta fase. Ai aparecem aumentadas as tendências agressivas infantis, bem como certos traços caracteriológicos de grande e indiscutível importância na idade adulta.
Além disso, da "fase anal sádica", pode-se, mais tarde, determinar até mesmo os traços de caráter futuros, quer já na época escolar, quer no adulto.
Esses traços serão evidenciados:
1º) pela tendência chamada captativa;
2º) conservadora;
3º) produtiva, que são as três tendências primitivas encontradas pela escola francesa no dinamismo da "fase anal sádica". Essas tendências ou são aceitas integralmente, ou então se transformam através das repressões e da sublimação, como quer que seja, uma vez rompida a época prégenital, podemos resumir todo o trabalho do educador em um só gênero, diante dos caracteres diversos que se lhe apresentem, ,de acordo com o destino que tomou uma dessas tendências primitivas, se elas não sofreram a sublimação natural. Assim, basta, como preceitua Sampaio Doria, que o educador "desloque a predominância impulsiva dos interesses baixos para as idéias superiores, para a consciência do dever". (Sublimação educacional).
Aceitar, porém, que a criança não é culpada de seus atos instintivos, é tudo para o educador e para o educando. Não é, porém, agora o momento de insistirmos nesse ponto.
(Fonte - www.Artigonal.com SC #4686991)
Wagner Paulon - Perfil do Autor:
Psicanalista e Mestre em Psicopatologia pela (Escola Paulista) em SP-BRASIL; Formação Integral e Análise Didática em Psicanálise; Psicólogo Clínico pelo (Saint Meinrad College) em USA; Pedagogo pelo (FEC-ABC) em SP-BRASIL; MBA pela (University Abet) em USA; Curso de Especialização em Entorpecentes pela (USP) em SP-BRASIL; Livre Docente em Faculdades e Universidades Brasileiras; Exerce atividades Clinicas e Educacionais há mais de trinta e cinco anos; Membro de varias Sociedades Científicas Internacionais; Membro da "Cruz Vermelha Brasileira - Filial Estado de São Paulo"; Membro da Organização Internacional "Médicos Sem Fronteiras" e Atual Diretor do Centro Psicanalítico de Ubatuba-SP.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Evolução e inconsciente

Pedaços inteiros produto de uma fragmentação anterior.
O ser humano como representação de sentidos anteriores, não pode ser representado a não ser apenas por imitação, semelhança, cujas particularidades se perdem na representação dos corpos, em que existe a dificuldade de perceber suas origens, que já não é pertença do corpo, mas sim da alma.
Somos a representação de uma foto, que quanto mais se amplia, o corpo tende a dissolver-se, representando apenas traços e pontos daquilo que fora antes, sem que o possamos reconhecer.
Restos de uma mesma coisa que não é reconhecida, mas que dela faz parte correspondendo ao inconsciente que deu lugar a uma construção, que não pode ser observada porque outros edifícios entretanto foram construídos, num processo em permanência de construção e desconstrução.
O movimento é funcional.
Os projetos ideativos são formas de expressão de uma liberdade mental, condicionados ao ideal de sua própria natureza.
Ao extravasar seus próprios limites o ideal é transformado em idealismo, que a própria natureza das coisas se encarrega de implodir.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A finitude do infinito

Nada é para sempre.
O grande amor da minha vida, de um momento para o outro deixou de ser.
Deixou de estar, e por isso deixou de ser, tal como era entendido antes, transformando-se numa outra ideia qualquer, que entretanto vamos construindo.
Que teria acontecido entretanto, que negou esse desejo de eternidade ?
Ou apenas um desejo que foi idealizado, e porque o foi, a alma descansa em paz, a agitação tende a dar lugar à tranquilidade, a uma calma, que apaga a chama que antes parecia iluminar o mundo à nossa volta ?
Somos o fogo que tudo abrasa, e o gelo que tudo esfria.
Somos o que somos em cada momento da nossa vida, e aquilo que podemos, ou conseguimos ser, que por pedir tanto, por vezes temos tudo, ou tão pouco, e tantas outras vezes nos vimos despojados até da própria alma.
Somos o que somos.
Afinal quem somos ?
Balançamos entre o finito e o infinito.
Nos sentimos grandes e pequenos, por não ter a noção do que nos pode acontecer de seguida, nos aproximamos do limite, e porque não o desejamos, falamos em transcendência, assim como na terra como no céu, como a possibilidade de ser, sabemos porém, que um dia deixaremos de ser tal como somos, para ser outra coisa qualquer.
A transformação do corpo nos incomoda, mas nos transformamos dia após dia, cada instante, de uma forma gradativa, num processo lento, de que nada vai restar de nós, a não ser pó.
A história irá falar de nós, de quem fomos, do que fomos, e daquilo que deveríamos ser, e não fomos, ou não conseguimos ser, mesmo contra nossa vontade.
Talvez ninguém nos leia, porque o acesso ás capas das revistas só é facilitada a gente da alta sociedade, ou aqueles que cometem autenticas barbaridades, que é preciso mostrar ao mundo, cuja finalidade é o sentido do poder, que uma vez invejado faz vender, e ganhar dinheiro.
Entre o poder e o sensacionalismo, que desperta as almas adormecidas, situa-se o saber, que infelizmente é desprezado, porque ninguém deseja saber, sabedores de tudo, compram aquilo que os alimenta.
Nem livro nos pode revelar, porque analfabetos, ou mesmo letrados mas convencidos, fomos incapazes de compor a letra da nossa vida, transmitir a ideia, ou o conhecimento que dela tivemos.
Nos resta a foto da moldura, que é eterna, tão eterna quanto nós, que um dia será consumida pelo o tempo, mas enquanto viva, embalsamado o corpo sem odor, transmite a ideia ao outro, que por ali também passámos, pisámos o chão que ele pisa, e que um dia destes, ele vai ser o que nós somos, pó.
È por pensar que pensamos. È por fazer que fazemos.
O que fica são recordações de uma passagem.
Pensar que pensamos é deixar de pensar, sem saber o que pensar, por não saber o que nos vai acontecer, nos causa estranheza e medo.
Mas logo esquecemos, que um dia deixamos de estar e pensar, porque outro pensamento toma conta de nós.
È o desenvolvimento psíquico, que nos garante uma outra visão do mundo e das coisas.
A criança não pensa, julgamos nós, e por isso não tem a noção da morte, e a vida para ela é alegre e feliz.
Ela na realidade pensa, mas não pensa as mesmas coisas que nós pensamos.
A relação com a morte a terá aos poucos, através do noticiário, dos comentários dos adultos e do ritual dos funerais, até lá uma sensação agradável de estar no mundo.
Come, dorme, brinca, e consome seus dias nessa verdadeira loucura das perguntas constantes, como se pretendesse abarcar todo o conhecimento acerca das coisas que a rodeiam.
Se o questionamento é filosófico, a criança na sua fase primária é aprendiz, em que a filosofia encontra-se num outro, a quem se dirige, porque ignorante, não tem a compreensão das coisas.
A parte boa da história, é que a criança é feliz, brinca com o que pode, mesmo que não seja seu, e nem sequer se importa com aquilo que os outros dizem ou julguem, ela simplesmente se dá à vida.
Aquele que dizemos ser louco, deixou de ser adulto, e voltou a ser criança novamente, como se grande parte do conhecimento fosse perdido durante o percurso da sua vida, ou em determinado momento.
Apagaram-se as luzes do conhecimento, acenderam-se as da vida.
Fácil demais para ser verdadeiro, mas alguma verdade existe nesses fenómenos, que nos pode levar a pensar, que só a loucura nos pode salvar, e trazer momentos de felicidade, e que o conhecimento é um empecilho.
Porque se tornou louco ? Quem o fez louco ?
Quais os motivos que conduziram o ser humano pelos caminhos da loucura ?
Não sabemos.
Fica sempre uma parte da história por contar, em que as palavras, e atitudes de um louco, são apenas indícios de acontecimentos, que não sabe explicar, porque se o soubesse não seria louco.
Parece que o louco é feliz, porque não é obrigado a ter uma explicação para a sua loucura, e por isso não tem o sentimento de culpa, que o possa impedir de ser tal como é.
Se a alienação é o caminho que pode levar à loucura, a abstração é uma forma primária de um movimento que nos pode conduzir até ele.
Mas o desejar intensamente, dar conta da realidade, segundo uma percepção idealista, por isso obsessiva, pode conduzir o ser humano a um estado depressivo, e até à melancolia.
Venha o Diabo e escolha.
Trecho do livro - O erro de Luc Ferry - a lançar brevemente

domingo, 24 de abril de 2011

O prazer do aconchego

Depois da traição de que fui vítima, procurei uma menina de programa para satisfazer meus desejos, disse ele.
Que desejos seriam esses ?
Meramente sexuais ?
Ou eles encobriam sentimentos tão intensos, dos quais não conseguiu dar conta ?
Porque procurei a garota não sei, apenas sei que a contratei, cuja intenção seria a realização de um desejo intenso de a possuir.
No meio do festim perdi a tesão, a ereção, e tive de desistir da relação, tendo a sensação de ser impotente, sendo assaltado por um pensamento estranho, de que só aquela mulher que me tinha traído um dia antes, era capaz de fazer de mim um homem potente, coisa que a prostituta, mulher do ofício, sabedora de todas as artimanhas, que pode levar um homem ao êxtase, não fora capaz de conseguir.
Quem pretende provar a sua virilidade é porque tem dúvidas acerca dela, e se tinha dúvidas elas foram tiradas, comprovando de fato a sua impotência sexual.
Que estranha sensação aquela, afirmou ele.
Ao ser traído foi assaltado pela idéia, que não seria suficientemente macho para a satisfazer, daí a necessidade da prova, que veio colocar o carimbo de aprovação nas suas suspeitas, interiorizando a idéia da sua impotência.
Não julgue o leitor, que o revelado neste depoimento possa ter alguma relação com sexo, mas sobretudo com um poder interior autônomo que na realidade não possui, que o faz dependente dos outros, e os julga poderosos.
Como a dependência revela um sentido ansioso na procura de aconchego e proteção, a tendência é para grudar ao objeto exterior, que o coloca de volta ao útero materno, representado pela vagina daquela mulher, sua namorada.
A tentativa falhada de uma relação sexual com a garota de programa deve-se á ausência do afeto, de não ser ela possuída pela proteção e aconchego de que necessitaria no momento, em que a associação de imagens, da namorada e da prostituta, não fazia qualquer sentido.
De forma inconsciente comparou a namorada a uma prostituta.
O que foi revelado é que a namorada é muito melhor que a prostituta, em que os valores morais impostos pela sociedade tendem a ser esquecidos em face de necessidades intensamente sentidas, proteção e aconchego.
As relações sexuais são o produto de resultantes de afetos e afetações, a que o indivíduo esteve sujeito no decurso da sua história de vida, que tenta reproduzir do mesmo modo em adulto.
Reparemos num dado curioso, a impossibilidade de deslocamento da energia de um corpo para o outro, ou seja, da namorada para a prostituta, pelo que procurou um objeto não desejado, em que o investimento de energia não se deu, e por conseguinte, a consumação do ato sexual também não foi possível.
O indivíduo ao ser levado a afagar suas mágoas no sexo, na droga e no álcool, pode ser conduzido a uma compensação imediata, porém, a ressaca, e as intenções em obter prazer que fracassam tende a piorar o quadro de instabilidade emocional, o que requer doses adicionais de mais prazer, em virtude de ter aumentado o desprazer através dessas práticas.
No caso presente, tudo levaria a crer, que iria procurar a namorada e tentar um acordo, a desculpando, por existir uma recusa dessas práticas prazerosas, e a ausência de uma capacidade interior de lidar com a dor e sofrimento, com o desprazer.
Esse acordo foi consumado.

sábado, 23 de abril de 2011

O universo se afirma, não nega, nem se nega

O universo com toda a sua força superior não nos nega, nem se nega a si mesmo, apenas se afirma em suas próprias características, como que ignorando os corpos emergentes de suas entranhas.
Do infinito surgem formas finitas, que embora acabadas a nossos olhos, são incompletas, em constante transformação até dissolverem-se na imensidão do infinito, e tornarem-se elas mesmas infinitas.
O sentido de vida não se posiciona nas formas, mas no movimento que as transforma, cujo sentido será a vontade de uma força, de que não sabemos quanta força possa existir.
Feliz Páscoa

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Aquém da consciência

Mas o caráter da clínica não destinaria a psicanálise a tratar sempre com um "sujeito", a despeito de todas as tentativas de compreendê-lo como efeito de um maquinário de significantes, cujo funcionamento estaria aquém da consciência?
FREUD, POLITZER, MERLEAU-PONTY
Reinaldo Furlan
Depto. de Psicologia e Educação - FFCLRP-USP
Julgo relevante referenciar este questionamento, não só pela constatação da existência de uma função genética / biológica, mas de registros psíquicos adquiridos durante o percurso de vida recheados de significados, simbolismos, cuja função, segundo o autor antecede a problemática da consciência. Desse modo, somos colocados perante a existência dos sentidos, como fator fundamental de um princípio de vida, do existencialismo, como elemento primário da própria constituição de um corpo, que contém vida. Nos colocamos perante o sentir de um ser vivo, indivíduo, sujeito que tenta verbalizar o sentido, o que está a sentir, percebendo-se, que na maioria das vezes não sabe de onde lhe vem tal sentido, nem porque ele existe, dado que apenas sente, não tendo consciência alguma acerca de tal sentido.
Parece faltar um elemento nessa cadeia, que impossibilita decifrar o enigma de uma certa forma de sentir, que embora fazendo-se sentir no corpo, o sujeito do conhecimento ignora, retirando desse modo a consciência deste fenômeno. O que parece invadir o espaço analítico será apenas o sentido de um sujeito que sente, que vive a angústia de sentir, e de, pouco ou nada saber do que está a sentir, que carece de ajuda para tornar o não compreendido, embora sentido, em compreendido, e em objeto da consciência.
A questão que se coloca de seguida, tem a ver com o papel desempenhado pelo o analista em todo esse processo, que o sujeito espera que o possa conduzir ao mais saber.
A resposta não está com o analista, porque isso seria invadir um corpo alheio, sendo ele próprio, em que o analista passaria a ser paciente, e o curandeiro das suas próprias feridas.
O problema da transferência, a que designo por ¨ transfere energético¨ leva consigo a esperança, que através dessa relação analista / paciente, possa dissolver a angústia que atormenta o sujeito. Mais uma vez somos confrontados com a importância do sentir, como algo que possa dar segurança ao sujeito, perante um mar de insegurança e angústia.
Se considerarmos que a segurança é proveniente de um poder, mesmo falso que seja, percebemos nisso o mundo das aparências, em detrimento de um mundo real, que não é em absoluto seguro, prevalecendo a ilusão de um controle, de uma proteção, que é de fato inexistente.
Assim, ao falar do sujeito, devemo-nos interrogar de que sujeito estamos a falar, do sujeito que sente, mas não sabe porque sente, e a que é devido tal sentido ? Nesse caso, o sujeito do conhecimento não existe, em que o cognoscível permanece oculto.
Ou do sujeito, que está, ou se sujeita á análise, cuja intenção será vir a transformar o oculto em cognoscível ?
Parece existir uma permanente agitação da alma através de uma sensação, que se posiciona numa zona obscura, ou se o quisermos neutra, mergulhado no mundo das trevas, em que a luz provém do saber, que não será mais que uma tentativa de associar palavras ao desconhecido, para o tornar conhecido, e na maioria dos casos em compreendido.
A este fenômeno chamo de argumentação.
E já agora, perguntemos, onde está a verdade em tudo isto ?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Inconsciente e sublimação

-Há um inconsciente para o qual nos dirigimos, mesmo que não se fale dele como tal, mesmo que não se teorize, como Freud o fazia mais abertamente.
Essa referência a uma outra coisa é elemento de ilusão, porque é o que faz avançar, progredir, o que guia alguém, eventualmente uma caça, por um certo caminho, a fim de apanha-lo na armadilha, evidentemente. J.Laplanche
Essa outra coisa de que Freud fala, e Laplanche referencia como elemento de ilusão, mas que ao mesmo tempo faz avançar, progredir, será a fantasia ?
Fantasia como algo emergente de uma impossibilidade inconsciente, que não apresenta condição alguma de ser projetada na realidade, cujo movimento de libertação é processado através de imagens virtuais, que tendem a sucumbir.
Não será a sublimação neste caso, porque subsiste a castração, representada por uma consciência moralista, prepotente e intolerante, mas apenas a substituição de imagens / objetos, que sustentam o virtual, e ao mesmo tempo o patológico, porque não pode ser observada na realidade.
Na volta o indivíduo é apanhado na armadilha, porque a realização fantasiosa não satisfaz, ou apenas o fará parcialnente, e o mesmo se passará em relação ao princípio de realidade, em que a insatisfação não desaparece do horizonte psíquico do indivíduo.
A ilusão subsiste a partir do momento que o inconsciente é desprezado, a favor de uma consciência, ou seja, de um sentido de vida, que não faz sentido, ou pouco o fará para o sujeito, em face de um sentido emergente do inconsciente.

sábado, 16 de abril de 2011

Genealogia da representação

A genealogia da representação, no caso da castração, consiste essencialmente nos avatares de uma fantasia que é a da separação.
É nesse sentido que se é levado a falar de ¨castrações¨ pré genitais: oral, por exemplo, com o momento repetitivo de retirado do seio ou o tempo, mais geral, do desmame; ou ainda a chamada castração anal ou, em termos gerais, excrementícia; e enfim, mais arcaica e também mais enigmática, a separação do nascimento; mais enigmática porque se trata de uma ¨castração¨ que não é vivenciada como tal pelo sujeito e não poder ser, no começo, tematizada pela criança, mas pela mãe.
Essas castrações estão submersas, encontram-se numa relação de recalcado em face da configuração ulterior; recalcados, particularmente, em relação ao complexo de castração fálica.
Será que não se trata mesmo (eis uma indagação que temos de formular) do recalcado primordial, originário ?
A pergunta seria, portanto, a seguinte, partindo desses precursores da representação ou do complexo de castração: o destino dessas representações arcaicas, que prefaciam o complexo de castração, poderá dar-nos uma idéia mais concreta do que constitui o fundo do inconsciente ?
J.Laplanche - O inconsciente e o id - Problemáticas IV

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O lugar da análise II

O que nos coloca Laplanche é se na realidade o ensino da psicanálise, pode, e deve ser divulgado em círculos abertos, ou se, os temas psicanalíticos são próprios de uma sociedade secreta, de círculos fechados e impenetráveis.
De forma clara aponta para a divulgação sem entraves de alguma espécie.
O ensino da psicanálise na Universidade seria a sua institucionalização, o que levaria a conduzir a disciplina para uma política aceite de análise, o que de todo contraria seus próprios princípios, que se pauta pela subjetividade.
Laplanche finaliza:
- Seja como for, essa relação ¨política¨ entre a análise e a Universidade é, em última instância , na minha opinião, a vicissitude própria de uma relação de forças.
Uma instituição – a instituição universitária – fortemente estruturada, muito integrada socialmente, estreitamento finalizada do ponto de vista de seus objetivos, não deixaria lugar para um ensino da análise digna desse nome.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O lugar da análise

J. Laplanche
Trecho retirado do livro – O inconsciente e o Id – Problemáticas IV

Ensinar a psicanálise na Universidade
- A objeção em ensinar a psicanálise nesses lugares, poderíamos dizer, que se decompõe em dois aspectos, um individual e o outro social, para não dizer político.
No individual, ensinar psicanálise na Universidade colidiria, por definição, com a não – especialização dos ouvintes e, de um modo mais preciso, no que se refere á análise, com o fato de não ser exigido dos ouvintes que sejam analistas e ( já que ser analista, em princípio, é ser analisado), que sejam analisados.
Essa não é, em todo o caso, uma condição necessária, e eu diria, sobretudo: Graças a Deus ! Graças a Deus para a análise, não ser exigido que, para ouvir falar de análise na Universidade, se possua um certificado de análise, o que seria simplesmente o fim da análise como processo independente, atópico, não normativo.
O dia em que a análise se torne objeto de um certificado que outorga um direito – não como resultando do seu processo mas como sanção puramente formal em decorrência de ter sido feita – então trata-se de qualquer coisa menos de análise.

Renunciar a ensinar a análise a não analistas, não necessariamente a analistas como é o caso de vocês ( mesmo se, por outro lado , estivessem todos, por acaso em ¨ análise ¨ não estariam necessariamente em função da presença aqui ) é renunciar a inventar, a reinventar incessantemente um modo de ensino que seja permeável á inspiração da análise, permeável ao inconsciente.
- Quem não sabe que a análise se prolonga em auto análise e, diria eu, que já é precedida por uma auto análise ?
- Mas, de um ponto de vista mais geral, o que seria da análise se ela não se referisse a algo acessível em cada um e que, precisamente, extravasa dos limites do tratamento analítico ?
Havia ¨análise ¨, é bom que se persuadam disso, antes da análise e antes de Freud, tal como havia inconsciente ou transferência.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A verdade fantástica

A forma de pensar, de verbalizar, encontra-se de acordo com um sentido interior.

A mente produz argumentos, cuja finalidade é tornar credível alguns fatos para o indivíduo, em virtude de se intrometerem outros fatos relevantes, que de acordo com o seu sentir interior não podem ser revelados.
Em boa verdade trata-se de uma argumentação que falseia a realidade vivida, que a distorce, considerada fantástica, correspondendo, não propriamente a uma fantasia, mas antes a uma proibição, que se pretende oculta, que não pode ser revelada por vergonha e constrangimento, e por medo da punição.
Tais argumentos são fabricados em função dos outros, do seu eventual julgamento, que pode originar um sentimento de culpa, mesmo que a criança não tenha qualquer responsabilidade acerca dos fatos ocorridos, em que parece existir uma espécie de responsabilidade coletiva familiar.
O que faz saber aos outros, o tornou credível para si mesmo, para que a mente não possa trair o indivíduo na hora da verbalização, que corresponde àquela frase tantas vezes ouvida, que uma mentira de tantas vezes repetida, passa a constituir a verdade também para ele.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Frases que dão que pensar

A tentativa de encontrar procedimentos uniformes, estéticos, de valores preestabelecidos, de formas aceites, não é um processo derivado do principio de racionalidade.

sábado, 9 de abril de 2011

Massacre no Rio de Janeiro

Um indivíduo de 23 anos entrou na escola onde antes tinha estudado, e munido de dois revólveres começou a ceifar vidas de adolescentes que nem sequer conhecia.
O gênero feminino foi escolhido para o sacrifício lavando as impurezas de uma alma humana perdida.
Se o fundamento da dinâmica psíquica fosse apenas a consciência, o ser consciente, o sujeito estaria cônscio da lei, que diz para não matar e agredir o semelhante.
Pelos vistos não basta ter conhecimento.
Em 365 dias, só no Estado do Rio de Janeiro acontecem 5.600 assassinatos.
Crianças e adolescentes são diariamente abatidas a tiro, sem que tenhamos uma estatística real das agressões de que são vítimas.
Prostituição infantil, tráfico de órgãos e droga fecham o cenário da degradação humana.
As mulheres sofrem abusos de toda a ordem, aumentando assustadoramente o número de violações, espancamento e agressões, em que a brutalidade familiar acontece, ultrapassando o que nos é dado a observar nas ruas.
O extermínio em massa, que o Brasil não conhecia, aconteceu em 07 de Abril do corrente ano, não tendo o assassino passado criminal, que possa de algum modo justificar o seu ato tresloucado.
Em suma, os atos de violação, brutalidade e matança continuam apesar da maioria afirmar que temos consciência, que somos seres conscientes e inteligentes, em que a morte parece conviver, e superar o amor pela vida.
Não fora o caso do inconsciente, ser uma manifestação da consciência perdida no tempo, que se tornou em registro, em lei, diríamos, que seus efeitos seriam puramente animalescos.
Um animal selvagem, seja qual for, não procede da forma como o fez aquele indivíduo.
Algo, a (de) formação familiar e a sociedade incorpora no indivíduo, que o faz ser desse modo, muito embora nos custe a reconhecer, a realidade nos mostra, que muitos de nós não possui um comportamento humano, nem sequer o podemos perceber como semelhante aos instintos do puro animal.
Desse modo, damos conta do surgimento de instintos de morte carregados de uma brutalidade, de destruição em massa, que não passa por aquilo que é dado ao ser humano, ou ao simples animal selvagem.
De que instintos estamos a falar ?
Neste caso, falar de psicose como denominação de um instinto animal que não foi castrado parece absurdo, dado que ele não existe na natureza genética e biológica de um ser vivo, seja qual for, como atrás foi descrito.
Confunde-se o instinto de negação, de alguma agressividade, como algo natural de um ser vivo, com um instinto de destruição desta ordem.
É fácil culpar os instintos.
Falar por falar, só porque não conseguimos enxergar as coisas de outro modo, demonstra a incapacidade em provar, que tais instintos são de origem animal ou humana, o que de fato não é possível demonstrar, insistindo em tocar a mesma melodia por mais desafinado que esteja o instrumento.
O que nos falta saber não se encontra na resposta fácil.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Dinamismo psíquico

Johann Friedrich Herbart afirmava que:
- O elemento constituinte da vida mental é a representação adquirida através dos sentidos.
Para Herbart, o conflito entre idéias ( representações ) era o princípio fundamental do dinamismo psíquico.
O mais surpreendente, porém, é que Herbart não se contenta apenas em afirmar a existência de representações conscientes e inconscientes, mas afirma ainda que as representações que foram tornadas inconscientes não foram destruídas nem tiveram sua força reduzida, mas permanecendo lutando, a nível inconsciente, para se tornarem conscientes.
Pág. 152 – Cap, O recalcamento – Freud e o inconsciente – Autor – Luiz Alfredo Garcia Rosa.

domingo, 3 de abril de 2011

Chantagem emocional /ontologia

coisasdamente: Chantagem emocional /ontologia: "Desejamos ser, o que tantas vezes não conseguimos ser. Tal desejo não realizado, pode ser entendido como uma mentira ontológica ? Esse mesmo..."