Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento
Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou.
O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana.
http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7
sábado, 23 de março de 2013
Fora de tudo à procura de nada
Sem limites, ou limitados ?
Não me canso de referir em minhas palestras e seminários, que o respeito e consideração pelo outro, e por si próprio, é o limite exigido para que a relação com o outro seja saudável, não conflituosa, gerando dessa forma um clima de paz entre os homens.
Não necessariamente temos de estar de acordo com os demais, mas devemos dar a hipótese de terem seu próprio pensamento, que não sendo convergente, servirá a uma reflexão, e mesmo que o ignoremos, pelo menos que não o julguemos por ser diferente.
Cada vez mais assistimos a julgamentos, regressando à mentalidade da idade média, quando falamos em evolução. Afinal, na própria evolução, talvez seria melhor falar em transformação, cometemos o pecado mortal de cada vez mais sermos intolerante e prepotentes.
Estamos sem limites ? Ou aprisionados, estamos limitados ?
Numa sociedade onde dizem imperar a liberdade, associada à palavra democracia, como bem poderia algum entre nós dar-lhe outro nome qualquer, surgem vozes de autoridade desmedida exclusivistas, que colocam em causa a liberdade e a democracia, a coberto de uma suposta superioridade intelectual, religiosa, política, social e econômica.
Esta trajetória seguida, de alguns anos a esta parte,conduz a uma tentativa de apropriação, não só dos meios para atingir seu fim, a superioridade de uns relativamente a outros,com o renascimento das castas, que apenas estariam adormecidas, e que agora se revelam, mas também tem o propósito de aniquilar todo e qualquer conhecimento, que alguns senhores julguem por inconveniente, ou inadequado.
As estrelas do céu desceram à terra e repousam em seus ombros, o que lhes parece conferir o direito de ditar as regras do jogo. O poder tem destas coisas, com prejuízo para quem entra no jogo deles, em que a banca fica sempre a ganhar.
A coberto de suas estrelas, sejam elas de político, de doutorado em alguma área do conheciemto, servem-se delas para mandar recados e exercer repressão sobre tudo, e todos, como se fossem Deus, decerto disfarçado de diabo, para vergar os outros aos seus desejos de uma ânsia desmedida de poder.
Em vez de sem limites, prefiro falar em limitações de ordem formativa, em que a própria sexualidade os incomoda,talvez a sua e a dos outros, vá lá saber porquê, tendo uma vontade imensa de bitolar a sociedade.
Servem-se dos cargos que ocupam para mandar recados, e ditar ordens, que não são de sua competência, mas passam a ser desde que ninguém lhes meta o dedo no nariz, porque entendem serem os representantes do bem, que possuem a missão divina de destruir o mal, exaltando as forças do instinto alheio que afirmam desejar combater. Dessa forma, são exímios em violência verbal, julgamentos e punições públicas das condutas alheias, apelando a seus valorosos guerreiros para a guerra, afirmando querer a paz, só despertam nos demais a negação e resistência, que todos sabemos não conduz o homem a lado algum, a não ser à guerra.
Limitados sim, porque os relatos históricos falam por si, apenas são cegos e sedentes de sangue, proveniente de uma razão qualquer exacerbada até ao limite do insuportável, e de um idealismo fanático.
A continuar assim, a história apresenta a tendência para se repetir, onde só a desgraça terá lugar.
No fim das contas seus desejos supostamente de pureza levados até ao limite apresentam a tendência para dar resultados contrários aos desejados.
Mas como a manada não tem limites, só nos resta esperar pelo abismo.
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sexta-feira, 22 de março de 2013
Reflexão
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quarta-feira, 20 de março de 2013
Amor e ódio – Fenômenos quânticos
A negação e afirmação, amor e ódio, que dizemos dualista, de fato é ambivalente, pelo que devemos considerar um determinado quantum de investimento de energia, mas não devemos considerar coisas diferentes, como opostos, em que o emprego da linguagem não consegue dar a ideia dos fenômenos quânticos.
O que pertence a um outro corpo é a afirmação, que tantas vezes tenta negar a afirmação de um outro, que por isso, nenhum deles se nega, nem nega a própria função, mas apenas tenta afirmar-se, pelo que a energia apresenta um sentido único, tal como o universo.
A negação dessa afirmação, entendida como energia única, levada a extremos pode desencadear uma explosão por colocar em causa o sentido único da força, voltando depois à mesma ordem anterior, tal como acontece com a relação entre seres humanos.
Depois da tempestade vem a bonança, como se fosse um saco a encher que necessita de ser esvaziado de qual forma, por impossibilidade da existência de dois sentidos diferenciados, cujos sentidos da força são diferentes.
A afirmação não suporta a negação, e o amor não consegue suportar o ódio, por isso, tal como o ser humano, o universo tende a reagir para afastar a negação de suas próprias forças, que possuem um sentido único.
Se o amor, entendido como afeto, energia, tenta superar o ódio, nos é dado a perceber a afirmação como sentido único energético, em que a negação de si mesmo será o ódio como sentido, que deve ser banido.
Talvez por isso a guerra e os transtornos psíquicos, nos possam dar a verdadeira dimensão de um fenômeno quântico alterado.
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