Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento
Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou.
O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana.
http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7
domingo, 28 de agosto de 2011
Corpo e mente
Verbalizamos no discurso através de um aprendizado intelectual, consciente, segundo determinadas normas estabelecidas, e somos traídos na prática, por um sentido inconsciente, que á revelia, tende a manifestar-se, e evidencia-se tantas vezes de forma contrária.
O corpo é o motor, e a mente o coordenador dos movimentos.
Introduzir bloqueios, ou elementos de interseção que impeçam, ou impliquem outro tipo de movimento, ignorando a originalidade da máquina biológica, corre-se o risco da inversão de sentidos, ou de explosão emocional.
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011
INVASÃO CEREBRAL
Mascarados pela intenção de se aprimorar o tratamento da dependência química, técnicas ligadas à neuroanatomia, neurobiologia e farmacologia foram desenvolvidas. A metodologia utilizada foi a "análise comportamental de seres humanos", ou seja, pessoas feitas de cobaias foram submetidas à técnicas de neuroimagem capazes de visualizar as funções e estruturas de seus cérebros, sem o consentimento dos mesmos, sendo exposto o que acontece tanto nos receptores como nas alterações do metabolismo e sistema circulatório.
A RM (ressonância magnética) utiliza campos magnéticos e ondas de radio frequência para produzir imagens de estruturas cerebrais em 2 ou 3D.
A RMf (ressonância magnética funcional) fornece informações funcionais sobre a atividade cerebral pelo grau de oxigenação do sangue.
A tomografia por emissão de pósitrons (TEP) analisa as atividades metabólicas numa dada região do cérebro pela administração de um composto radioativo que pode ser rastreado na corrente sanguínea cerebral. Utilizando compostos diferentes, as explorações por TEP podem ser usadas para mostrar a circulação sanguínea, o metabolismo do oxigênio e da glicose, e concentrações de medicamentos nos tecidos cerebrais.
As imagens obtidas classificam-se por cores: Azul e Verde indicam zonas de baixa atividade, Amarelo e Vermelho, zonas de maior atividade.
Vejam a que ponto chega a "ciência"! Tamanha falta de ética faz com que se julguem no direito de saber tanto o que uma pessoa está sentindo quanto de decidir o que deverá sentir!
A "cobaia" é submetida à exposição de seus sentimentos no instante em que ocorrem!
Além de ética, faltam decência e respeito pela própria raça.
Torna-se prazeroso manipular alguém criando situações baseadas em seus medos, traumas, buscando o que lhes é de maior interesse: Controlar quem tem seus próprios valores, não aceita imposições nem se intimida.
Autor - Daniel Bravo Fonte – WWW.artigonal,com
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domingo, 21 de agosto de 2011
O Reflexo da Rejeição
coisasdamente: O Reflexo da Rejeição: Fazer tudo para agradar é o caminho mais rápido para rejeição. Todo charme tem um pouco de antipatia. (Fabrício Carpinejar) Você já parou p...
sábado, 20 de agosto de 2011
Psicopatalogia
Psicopatalogia e normalidade
O fato absurdo, de que os pacientes nada revelam de diferente em relação às pessoas, que aparentemente apresentam uma vida psicológica sadia, nos leva a perguntar, porque uns padecem e outros não.
A patologia nos vem dizer o que podemos considerar como normalidade psíquica, através da mera observação de um estado alterado de humor.
O que possamos considerar como normal nada explica.
Somos levados a considerar, que ao constatarmos um estado alterado, algo teve a capacidade de o fazer, pelo que os aspectos constitucionais por diversos motivos são levados a um estado de alteração, mais ou menos profunda, em que nos é dado a perceber a existência dos mesmos elementos constitutivos em qualquer estado, seja ele considerado sadio ou patológico.
Freud concebe a noção de psicopatologia mediante a constituição de processos mentais, que foram, por diversos motivos, forçados à alteração, em que nos é dado a perceber a desproporcionalidade em relação ao que se encontrava constituído na interioridade do ser humano.
São os estímulos provenientes do exterior, que tendem a provocar a alteração de estado, que não deve ser apenas percebido segundo a perspectiva da quantidade de energia investida, mas também de sua intensidade, devido a um ganho de resistência.
Na verdade, se considerarmos, que estaremos sob o domínio de um campo energético, que dele recebemos estímulos, e para eles voltam as nossas manifestações em forma de energia, poucas dúvidas parecem restar quanto à existência de um plano material / físico, que atua em conjunto com a química.
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
A mente humana é louca ?
Construímos a idéia que a mente humana é louca, como se ela fosse incorporada por algo fosse pertencente a um outro mundo que não o nosso, que faz dos homens seres humanos amáveis, generosos, e ao mesmo tempo uns verdadeiros loucos e assassinos.
A mente humana está organizada segundo conteúdos ideativos, o que a torna complexa devida á diversidade de imagens e idéias, que todos os dias nos assaltam, a partir do exato momento em que somos expulsos do útero materno.
Complexa, mas não louca.
Ela não é desconexa, está organizada segundo imagens e idéias que lhe foram oferecidas, dado que por si mesma não consegue organizar-se, muito embora tenha todas as condições para que isso seja possível.
Não se encontra num local determinado do cérebro, mas antes em algum outro lugar, indeterminado, o que significa que não se encontra em lugar algum, porque resultante de uma complexidade, será uma síntese de uma diversidade de sentidos interiores dos próprios sentidos, entendido como órgãos, e da tomada de uma diversidade de sentidos dos objetos exteriores, e do mundo que o rodeia.
A cada órgão, que é dado a sentir, corresponde uma tomada de sentido.
A cada imagem, movimento, impacto, relação, corresponde um sentido.
Será a partir desse emaranhado de sentidos, que emerge um sentido, como síntese, que podemos entender por forças passivas, ou reativas, percebendo-se o indivíduo como receptor, ou emissor das energias a ele dirigidas.
Será bom frisar, que em qualquer situação a mente se organiza, dependendo em essência daquilo que lhe oferecem, não querendo ela saber do pensamento humano, até porque, numa fase primária, primitiva, ele não existe.
Um recém nascido não sabe nada do que o espera.
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domingo, 14 de agosto de 2011
Amnésia
Será a amnésia decorrente de uma disfunção
biológica / psíquica, como se os registros fossem apagados da memória, ou
também, a podemos considerar como decorrência de uma construção complexa de uma
diversidade de conteúdos ideativos ?
Podemos considerar um sentido proveniente de
uma representação inconsciente, que o sujeito não sabe de onde vem, e porque
tende a fazer sua aparição, como amnésia ?
Sabemos que sem sentido não existe pensamento.
Mesmo um sentido inconsciente, que um dia foi
consciente, mas que perdido no tempo na organização de um emaranhado mental, já
não é pensado como tal, mas como possibilidade de ser outra coisa qualquer, que
o sujeito parece ignorar, pelo que tantas vezes passa a fantasiar, ou imaginar.
Aparentemente, o sujeito ignora o que o corpo
sente, e que por isso não desconhece, apenas não lembra, que se tornou em
sentido oculto, que não desconhecido, cuja visibilidade a mente parece incapaz
de processar.
Essa incapacidade será uma disfunção ?
Ou ela, apenas decorre de um processo
construtivo mental ?
O que lhe deu origem encontra-se numa base de
construção mental, que se reporta á infância, como inicio de todo e qualquer
processo evolutivo mental, mas que em termos práticos, o que serve ao sujeito
será a síntese de uma complexidade, que o pode conduzir á ação.
Aqui e agora, exige o movimento imediato, que
não se compadece com a teoria da complexidade, a que apenas a sua síntese pode
dar uma resposta prática ao que é exigido ao ser humano em cada momento de sua
vida.
Só perante as frustrações tenta encontrar a
arca perdida, que pode revelar o segredo de suas práticas, que o conduzem á
angústia e tristeza.
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sábado, 13 de agosto de 2011
Sonhos em Gradiva - Freud
A essa parte do sonho também se aplica a garantia
de realidade com a qual o sonho terminou. Neste houve a transformação de
Gradiva numa estátua de mármore, o que não é senão uma representação engenhosa
e poética do evento real. Na verdade, Hanold havia transferido seu interesse da
jovem viva para a escultura, transformando a amada num relevo de mármore. Os
pensamentos oníricos latentes, forçados a permanecer inconscientes, tentam
realizar a transformação inversa da escultura na jovem viva; o que queriam
dizer a ele era mais ou menos o seguinte: ‘afinal só estás interessado na estátua
de Gradiva porque ela te recorda Zoe, que vive aqui e agora.’ Mas se essa
descoberta pudesse ter-se tornado consciente, isso teria significado o fim do
delírio
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011
A vontade de poder
Filosofia psicanalítica da mente
A vontade de um poder, por não poder ser,
tende revelar-se na impotência, dado que aquilo que deve ser, não é de fato.
Será essa vontade de ser, o que não pode ser,
que por isso mesmo não existe, que não consegue dar uma verdadeira dimensão
humana ao homem, simplesmente porque nela não existe, a não ser na cabeça de
alguns iluminados.
E como aquilo que não pode ser iluminado se
encontra com as trevas, alguns tentam encontrar nela, o que nela não pode ser
encontrado.
A vontade de poder de uma força não se
encontra nela, mas na quantidade de energia investida, que é conferida por uma
outra vontade proveniente de um desejo.
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domingo, 7 de agosto de 2011
Fragilidade depressiva
- Filosofia psicanalítica da mente
Ao dar esta designação, fragilidade depressiva, pretendo
afirmar uma pré condição do indivíduo em entrar em depressão, quando as
circunstâncias tendem a ser alteradas, em que damos conta de uma ausência de
flexibilidade mental face a uma realidade do mundo exterior.
Somos a considerar que o ser humano está sujeito a
constantes frustrações, designadas por perdas, mas que nem todas elas conduzem
a um estado depressivo, em que a insatisfação provocada, pode ser superada com
maior ou menor facilidade.
Entenda-se a fragilidade como a débil capacidade de
superação face aos inúmeros conflitos que se deparam ao indivíduo no decorrer
de sua vida, em que se deixa abater, entrando numa espécie de confusão mental.
Alguns analistas chamam de capacidade de sofrimento, em
que o desprazer aflora com alguma intensidade, e que pelos vistos para alguns
será necessário aceitar o que a vida lhes oferece, como forma de superação de
uma dor interior.
No entanto, devemos ter a noção, que essa capacidade de
sofrimento levada ao extremo, promove a criação de seres humanos frágeis.
Superar a dor interior, através do consumo de um
chocolate, de comprar roupas e perfumes, ou ter por companhia uma garota ¨
gostosa ¨, será apenas a tentativa de sublimação falhada de um conflito
psíquico por resolver, que mais á frente retornará.
Aceitar a realidade com recurso á inatividade é aceitar,
não só a sua impotência perante os fatos, mas acima de tudo ficar aprisionado a
idéias e comportamentos, que se tornam em obstáculos, o que impossibilita ao
ser humano de encontrar seu próprio caminho.
O que está em causa é a autonomia evolutiva do ser
humano, que não se compadece com recalques, e aprisionamentos a idéias consideradas
como verdades absolutas, cujo desvio leva ao julgamento de formas estéticas,
desprezando o fundamental, a vida e a relação.
Por outro, a facilidade de comunicação, do acesso a
livros de auto ajuda, aos escritos dos diversos órgãos de comunicação social, e
á fala de alguns profetas da ¨ desgraça ¨, garante ao indivíduo a falsa
sensação de que os conflitos interiores possam ser resolvidos dessa forma.
Se assim fosse, dada a profusão de tanto material
relacionado, as pessoas seriam muito mais felizes, o que não é o caso.
Aceitar a realidade exterior tal como se apresenta não é
sinônimo de estacionar num estado inoperante, inativo, dado que essa atitude
conduz ao recalque de desejos, o que pressupõe mais adiante a emergência de
transtornos psíquicos, mais ou menos graves, sendo essa atitude um dos motivos
da incorporação de uma certa fragilidade depressiva.
Mas aceitar, que tudo se resolve através da luta contra o
outro, o tentando vergar à nossa vontade e desejos, é doentio e neurótico, que
só conduz ao confronto, e à exteriorização dos conflitos interiores.
Ou seja, o fato de constatarmos uma realidade exterior
diferente da interioridade do indivíduo não nos deve incomodar, tentando seguir
um caminho determinado pela autonomia de uma prática formativa, e educacional.
Mas aqui nos debatemos com um problema grave, é que de
fato essa prática formativa e educacional começa em casa, o que condiciona o
indivíduo em sua prática futura.
Será essa pré determinação mental incorporada no sujeito
devido a uma prática formativa e educacional, de que Freud fala, que tende a
condicionar a prática futura do ser humano.
Facilmente constatamos isso através da análise, em que
existe uma força interior que tende a superar em muitas ocasiões uma vontade
expressa relacionada com o pensamento, em que o indivíduo percebe-se incapaz de
contrariar a sua prática.
Se o indivíduo tem conhecimento do que deve, ou não
fazer, porque não o consegue ?
Porque deixar de fumar é tão difícil ?
Se a primeira regra da convivência humana é não matar,
porque os assassinatos se sucedem a um ritmo assustador ?
Onde de fato mora a consciência ?
Ela na realidade existe, tal como a entendemos ?
O que deveria ser, e não é, parece que todos sabem, a que
falta a prática do fazer de acordo com o que verbalizamos.
Porque existe essa diferença, entre uma prática e a
verbalização, que em muitas ocasiões seguem caminhos diferenciados ?
Perceba-se o paradoxo da procura de uma uniformidade de
princípios e conceitos, que na prática não conseguimos observar, em que os
desvios a uma postura de respeito e consideração pelo outro, são cada vez mais
acentuados.
O que supostamente levaria ao respeito e consideração
pelo outro, acaba por ter um efeito contrário, pelo que poucas dúvidas parecem
existir quanto à existência de elementos de interseção, que desviam o ser
humano desse caminho.
Algo parece intrometer-se entre a teoria e a prática, que
tende a provocar um desvio no caminho, que muito embora não seja desejado, os
indivíduos não conseguem evitar.
Afirmar o que deve ser e não é, será apenas uma constatação
de uma realidade não desejada, que não altera em nada os atos praticados, nem
contribui para a melhoria das relações humanas no futuro.
Será o falar por falar.
Será o constatar, observar, mostrando toda a impotência
em alterar seja o que for.
Ao criar um mundo formativo e educacional frágil, estamos
a contribuir para a criação de seres humanos impotentes.
O que a formação e educação não conseguiu só a análise
pode oferecer.
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