Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Princípio do prazer


Princípio da homeostase
·         ( Biologia e fisiologia)

Considero que tudo tem um princípio a partir do qual pode existir uma evolução, ou se o quisermos, uma transformação, carecendo para tal de uma adaptação do corpo mediante uma reorganização daquilo que antes estaria organizado segundo determinada ordem.
Se os corpos à partida estão organizados de acordo com princípios biológicos e fisiológicos, as transformações que ocorrerem devem ser da ordem quantitativa, o que nos coloca perante o estudo e investigação de forças interiores e exteriores.
Ou seja, de acordo com os elementos constituintes de um corpo, e dos existentes no universo, não nos é permitido perceber qualquer alteração qualitativa, mas sim quantitativa, dado que todos os elementos interiores e exteriores disponíveis são semelhantes.
A alteração qualitativa será apenas uma sensação de bem estar sentida no corpo, não inibidora dos movimentos, cuja inibição pode ser transformada em dor e sofrimento, cujas manifestações do corpo indiciam que algo não estará bem adaptado ás suas necessidades.
Como dá para perceber, aqui é o corpo que sente e se manifesta, provocando o mal estar, ou  a satisfação e algum prazer.
Considero que o estudo e investigação deste princípio, tendo em conta as diversas alterações produzidas é fundamental para entender como as forças físicas podem atuar ao nível psíquico, e como a dinâmica de conteúdos mentais, com suas inibições, proibições, e traumas podem levar a consequências orgânicas e fisiológicas.
Assim, ainda hoje, andamos às voltas com o prazer e desprazer, observando cenas de violência que não entendemos, que causam dor ao outro, mas que nos custa aceitar que possa existir algum prazer nisso, por parte de quem as pratica.
Se nos queremos dedicar à terapia, não nos deve interessar muito a classificação, mas antes como as forças em presença estão organizadas, cuja finalidade será perceber o que despertou algumas forças, que não outras, que originaram esse comportamento.
Será no trabalhar desses fatores, que despertaram algumas forças, as potencializaram, que podemos alcançar o sucesso terapêutico, em que o indivíduo é chamado a reorganizá-las segundo uma nova perspectiva.
Aos poucos a neurociência vem colocando em evidência, que mesmo nos casos de psicopatia, existe um princípio biológico e fisiológico, que potencializados conduzem à patologia, pelo que a existência de genes, por si só, não são motivo suficiente para conduzir o ser humano ao patológico.
Ao falar de potencialização, somos levados para o estudo e investigação de forças, o que significa que estamos posicionados no mundo da energia, na relação entre corpos que a podem potencializar, conferindo-lhes um certo grau de valorização da força, relativamente a outras.
A tendência à adaptação é forçada por uma outra tendência, o princípio da constância, como forma do corpo manter, preservar, sua funcionalidade, que está organizada segundo uma ordem biológica e fisiológica.
A disfunção, a doença, será, pois, uma incapacidade do corpo em reorganizar-se segundo seu próprio modo de organização, evidenciando através de suas manifestações toda a sua insatisfação.
   

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