Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sexualidade e energia libidinal

O simples fato de não reconhecermos a energia da libido, como resultante de um poder de criação, energia sexual, inibe o sujeito, fabricando um incomodo, que não o deixa enxergar a alma criadora, do mundo e das coisas, supondo que deve estar colocado mais além, ou oculto, não consegue por si mesmo detonar a realidade do universo, em que a existência das espécies depende desse fator relacional entre corpos, através do exercício da sexualidade. Não tem como negar que Deus nos deu esse poder da procriação, em que só nos resta adaptar à relação entre humanos.
Assim, podemos ser levados a admitir, que o exercício da sexualidade depende do modo como o indivíduo é levado a relacionar-se com os outros.
Essa é a lei da própria natureza, com sua finalidade última, que nos custa admitir que assim seja, ou possa ser, procurando no além uma resposta através da recusa dos fenômenos da própria natureza, constituindo-se em uma nova psicologia, desta feita artificial.
Tais teóricos começam logo por negar a própria natureza, ou seja, a realidade, dado que nada mais pode ser observado para além dela.
Se existe uma causa que impulsiona o corpo, ela provém da energia sexual, coisa dada ao corpo, e somente a ele, atingindo seu auge na relação intima com os outros, independente do sexo, em que a direção hetero ou homo é conferida por identificação.
Tal diferenciação deve-se a fatores psicológicos mediante a relação com os formadores, que em muitos casos desviam o indivíduo da procriação, fazendo deles improdutivos, devendo ser estudado, a meu ver, em separado.
Curiosamente a bissexualidade não impede a fecundação e procriação.
Tenho afirmado que o órgão sexual é apenas isso, algo biológico, que expele líquidos, resultando em algum prazer mediante a descarga.
A irritação, vulgo excitação, que podemos observar num bebê de meses do sexo masculino, mediante a ereção do pénis, deve ter uma explicação biológica, que não psicológica.
Ademais, nos é dado a perceber, que uma criança até aos sete anos, não possui qualquer ideia acerca das relações sexuais entre os adultos, o que vem confirmar, que sem ideia não devemos falar em psicológico.
A criança entende manifestações de carinho, afeto, sem associação alguma ao emprego da sexualidade, o que nos coloca perante a auto satisfação, auto erotismo, sem conexão relativamente ao ato sexual.
Como diria Saramago, nascemos inocentes, mas não morremos inocentes.
Se assim é, podemos aceitar, que qualquer transformação do corpo, ou sentidos, possa alterar essa associação corporal e orgânica, incidindo sobre mecanismos estabelecidos orgânicos, necessitados de descarga, como forma de aliviar o desprazer sentido.
Temos então, um órgão genital desempenhando a sua tarefa biológica, que ao mesmo tempo proporciona ao indivíduo imenso prazer, porque se assim não fosse, não saberia o corpo como dar continuidade à preservação da espécie, se outro gozo mais intenso existisse.
Mas outra realidade podemos observar nos indivíduos com algum tipo de transtorno psíquico, em que apresentam uma forma particular de usar seus órgãos genitais no exercício de sua sexualidade, pelo que, devemos considerar o atrás descrito, em que a síntese de uma complexidade psicológica determinada pelas relações na formação, tendem a despontar no exercício da sexualidade.

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