Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento
Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou.
O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana.
http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Função e inibição
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terça-feira, 19 de novembro de 2013
Psicanálise - analisar
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sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Discurso perverso
Quando o discurso do psicanalista é pautado pela ideologia, estamos perante uma ideia social e política, que se encontra aquém e além dos princípios teóricos em psicanálise, sendo uma nova forma de exercer um poder como substituto de outro existente.
Cada vez mais é notada a ausência da dissociação entre ciência e política, em que ao saber o sujeito exige um poder, que na realidade não deveria estar vinculado, dado que o mais saber deveria pautar-se pelo reconhecimento de sua própria ignorância.
Num mundo globalizado, em que as novas tecnologias permitem a viagem e a comunicação em tempo real com os demais, sendo acessível ao mais comum dos mortais, a verbalização tende a perder algum de seu sentido, pelo que a sedução deve imperar para conduzir o sujeito naquilo que a outros interessa.
Tenta-se combater o poder com outro poder, numa substituição infinita de objetos, que julgamos de outra dimensão, quando bem vistas as coisas, pouco vem acrescentar à problemática da humanização e socialização, de que seus autores tanto falam.
Falar de poder e o desejar sem dar a ideia de o querer, nada melhor que combater o poder instituído, como forma de se instalar na cadeira do poder, dado que este não deve esvaziar-se de sentido, sendo a bússola que orienta qualquer ser vivo.
Incorremos por vezes na prática de responsabilizar os mercados consumistas, ditos regimes capitalistas, pelo alastrar das crises psíquicas, do mesmo modo que o neurótico tenta responsabilizar sempre o outro pelos seus desaires, não percebendo o autor deste texto qual seja a diferença de ambos os comportamentos.
Continuamos a fugir à responsabilidade de encontrar um caminho alternativo, que não passa pelo outro, mas por descobrir o seu próprio caminho, como forma autônoma de se apresentar perante a vida e os obstáculos que exigem superação.
Falamos do gozo que nos oferece a liberdade de gozar em tudo que possa representar o estético, o atraente, tentando dizer que o sujeito do gozo que goza, só o pode fazer porque o poder capitalista assim o incentiva, transformando em coitados, aqueles a quem devia ser mostrada a força de sua energia dispersada no seu próprio gozo, transmitindo-lhes que podem, e devem tomar as rédeas de seu poder interior.
Este tomar as rédeas de seu próprio poder interior é o fim último a que se propõe a psicanálise, a que só deve ser exigida uma coisa simples, embora pareça a alguns ser difícil cumprir, o respeito e consideração pelos demais.
Fazer a apologia da destruição de um sistema, neste caso capitalista, consumista, logo nos assalta a ideia da substituição por outro mais tenebroso, dizem outros, por afetar a liberdade do sujeito, como seja o comunismo, ou o socialismo, pelo que nos enredamos em formas ideológicas, que pertencem ao mundo do coletivo, da sociedade, que não da individualidade.
Devo afirmar que a análise é um processo individual, embora transportando consigo o histórico do sujeito adquirido ao longo de sua existência, não terá condições de sucesso se continuar a valorizar e a cultivar sentimentos de vergonha, constrangimento e de culpa, perante uma formação repressiva familiar e da própria sociedade.
Valorizar um regime, seja qual for, é não se valorizar a si mesmo, em que o poder encontra-se no outro, e com o outro, tornando-se submisso e neurótico, sujeitando-se desta feita ás drogas autorizadas e à verbalização sedutora, será tratar o sintoma, que não a própria neurose.
A psicanálise finda a sua missão quando, mediante a análise o sujeito recupera o gozo pela vida, em que o vício da vida tende a superar a morte, não cabendo ao psicanalista tentar seduzir, ou conduzir a vida do sujeito posteriormente, por intermédio de seu suposto saber.
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terça-feira, 29 de outubro de 2013
Princípios Freudianos
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quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Conceito filosófico de indiferença
Pirro de Élida( 365 - 270 a.C.) foi fundador da escola cética, ele distingue o que é o bem por natureza e o que é o bem pelas convenções humanas.
A negação da própria natureza do homem e das coisas, como proibição mental para observar os fenômenos naturais, em essência, traduz-se por uma tentativa de indiferença face à realidade das forças constituintes do universo.
Sendo assim, todos os conceitos ficam dependentes de convenções sociais, e chamaremos de princípios ao que emana de uma ordem universal, que apresenta um sentido e rege a relação entre todas as coisas, às quais o homem não consegue fugir.
A sociedade pode ser indiferente às leis da própria natureza, mas em determinado momento a realidade universal faz cair por terra, todos, ou alguns de seus conceitos artificiais, derivando daí a frustração.
Se considerarmos que só a verdade salvará, ignorar as forças da natureza será navegar na ilusão, que mais tarde ou mais cedo será destruída, sendo esta a realidade do ser humano, que se vê a braços em tantos momentos com a sua própria destruição.
Navegar com a ideia da imortalidade não será navegar na ilusão ?
Não será ela a responsável pelo despertar das forças narcisistas destrutivas poderosas ?
A visibilidade da morte experimentada por um sentir debilitado entranhado no corpo nos parece transmitir a noção de nossa fragilidade, que escapando dela nos faz mais mansos e compreensivos, parece dar-nos a verdadeira dimensão da via terrena.
Adquirimos a mansidão, entendido como tranquilidade, a partir de uma impossibilidade que nos faz sentir impotentes, e de vez nos entregamos à vida, até que a morte nos separe.
O que parece ficar por esclarecer será essa necessidade do ser humano sentir-se potente, porque impotente o fizeram, surgindo o desejo de o demonstrar nos braços de uma mulher, ou numa forma estética, que tantas vezes, só o dinheiro pode comprar.
Ser indiferente seria sentir sua impotência, e disso ter tomado sentido, em querer salvar o mundo, que não tem salvação, porque ele próprio tem suas leis e organização própria, que o ser humano não possui capacidade alguma para transformar.
Talvez seja um saber limitado, muito embora real de suas capacidades, que levaria o ser humano a não criar ilusões, e julgar-se ele próprio dono da verdade, e de uma vontade interior de dominação, tentando ser Deus, quando simplesmente é humano.
Se algo de útil existe no ser indiferente é que ele não cria grupos de oposição, que, quer queiramos ou não, atenta contra a própria liberdade do indivíduo e a preservação da espécie.
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segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Estímulos e indiferença
1 – Excitação de um órgão sensorial ( receptor de estímulos ).
2 – Transmissão da excitação através das vias sensitivas ao centro cortical.
3 – Recepção pelo centro cortical.
Os órgãos dos sentidos são sempre invadidos por estímulos exteriores, da mais diversa ordem, mas uma vez recepcionados necessitam de serem transmitidos ao centro cortical, para que possa o cérebro fazer a recepção desses sinais elétricos.
Sabemos que nem todos os estímulos provocam excitação, a ser assim, a transmissão não terá lugar, existindo uma certa indiferença relativamente a alguns estímulos exteriores, que não a outros.
Como entender essa indiferença ?
E devido a quê, e porque mecanismos, essa indiferença será possível ?
Em primeiro lugar, seria absurdo pensar que todos os estímulos exteriores possam produzir uma excitação num ser humano, por outro lado, sabemos que os estímulos recepcionados apresentam uma intensidade de excitação diferenciada, tomando o corpo sentido de forma diferente.
Em segundo lugar, os estímulos exteriores que nos são indiferentes, ou podem ser, não servem à preservação da vida, embora muitos possam servir à sua conservação, entendido, como continuidade da vida.
Em terceiro lugar, parece existir uma analogia entre o ignorar do objeto e a indiferença ao estímulo que ele possa produzir, que em ambas as situações a excitação não é produzida na interioridade do ser humano.
Como perceber então essa sensibilidade, ou a sua falta, perante os estímulos exteriores ?
Seremos nós, enquanto corpo, insensíveis a determinados estímulos exteriores ?
Ou, pelo contrário, todos somos sensíveis, e a questão reside no grau de valorização emprestado pelo indivíduo ao estímulo vindo de fora ?
Parece que a transmissão só se dá, se o grau de valorização, importância, for dado pelo indivíduo receptor aos diversos fenômenos que se apresentam no exterior.
Como se ganham graus diferenciados de excitação, dos quais o indivíduo toma sentido depende de múltiplos fatores, que a psicanálise tenta responder através do estudo e investigação da relação entre corpos e seu impacto.
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terça-feira, 8 de outubro de 2013
Psicanálise
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