Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento
Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou.
O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana.
http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Estética / Investimento
Amor, sexo e beleza.
O investimento em estética aumenta a cada dia, em que o ser belo, cheiroso e gostoso, para a maioria parece ser sinónimo de felicidade, mas a verdade, é que, aparentemente, aquilo que parece ser suficiente, torna-se por vezes, insuficiente.
Nada parece ser suficiente para que o ser humano possa estar feliz.
Tudo parece insuficiente para atingir tal objetivo.
A objetividade perde importância para a relatividade, quando tudo parece mais ou menos suficiente, ou insuficiente, em que nos encontramos a cada passo com a frustração.
Mas por ironia do destino, o ser humano deseja tornar em objetivo, algo, ou alguma coisa, que não apresenta condição alguma de o transportar até á felicidade.
Talvez seja, na complexidade que se encontra a felicidade, por isso ela não se encontra em lugar algum em especial, mas faz-se representar em todos os lugares, como ingrediente de uma sopa, que se pretende nutritiva, mas ao mesmo tempo saborosa, gostosa.
Desaparecendo esse charme, como por encanto, porque os outros não o reconhecem, ou nós mesmos saímos frustrados, em virtude de não nos conferirem a importância que julgamos possuir, não sobra nada para sustentar nosso Ego.
Daí os desabafos de algumas pacientes – O que se passa comigo ?
- Sou inteligente, bonita, charmosa, mas não tenho sorte nenhuma com os amores.
Na realidade dá que pensar.
Mas duas conclusões podemos tirar:
– A primeira, que tudo aquilo que pode ser importante para uns, poderá não o ser para outros.
- A segunda conclusão, é que perante tanta exuberância de beleza e cores, cada vez mais nos aproximamos dos animais, na sua dança Funk para agradar ao sexo oposto.
A letra da canção pouco importa, música eletrónica é apenas som, ritmo e cor, que apresenta como finalidade a evidencia do corpo, cuja fantasia parece estar para além dele, insinuante, diria, cuja letra está na interioridade de cada um.
Tudo fica por conta da imaginação.
Aqui as palavras não têm lugar.
Evidenciar uma característica não confere uma característica especial à espécie, que, por isso, não deixa de ser o que é, apenas um atributo, que se destaca de uma individualidade.
No individual podemos destacar o belo, cheiroso e gostoso, como aparência de uma forma exterior de um corpo, como alterações aparentes produzidas pelo meio exterior, como o canário muda de pena, ou o rouxinol transforma seu canto perante a fêmea que pretende cortejar.
A tendência será para a transformação aparente face à presença de um outro, em que a sexualidade aflora a todo o momento, apenas servindo de sedução, em que o emprego do sexo parece ser coisa proibida, e por vezes banalizada.
O que é pretendido não é o sexo, mas algo que está posicionado para além dele, que nenhum de nós parece saber muito bem do que se trata.
Roçar um corpo no outro, como nas festas Funk, em que a bunda desafia o pénis, será sinónimo de uma sexualidade á flor da pele, em que o indivíduo parece gozar, abstraindo-se da própria existência dos órgãos sexuais.
Apenas o gesto de um movimento erótico, auto erótico, diria, de masturbação.
Do mesmo modo somos levados a considerar o beijar na boca, que de alguns anos para cá, não é coisa que se faça apenas na intimidade.
O desafio será a tentativa de mostrar toda a virilidade para os outros.
O que os outros têm a ver com a minha virilidade ?
Aparentemente viril, realmente impotente ?
Mas de que impotência estamos a falar ?
De amar e ser amado.
Talvez aqui, possamos entender, o que para alguns será amor e sexo.
Mistura-se sexo, com as manifestações sexualizadas, através de um corpo que goza na dança, e através dela, de forma virtual, o que na prática só por momentos parece ser possível, derivado de um desejo em não relacionar-se.
Escolhe-se o palco em vez da intimidade, em que a beleza do movimento indicia uma prática, que de fato, naquele exato momento não existe na realidade, como se fizesse parte de um jogo de criança praticado por gente crescida.
Aquilo, a que aparentemente o ser humano dá importância, parece na prática não ter importância nenhuma, quando colocado perante outras situações.
Que importância terá a estética num palco de guerra, por exemplo ?
Bem vistas as coisas tudo tem sua importância, depende das circunstâncias, o que retira a importância das próprias coisas, quando colocadas fora de um contexto.
A importância deriva de um necessidade, de um desejo, a que se pretende dar importância devido a uma necessidade de afirmação do sujeito, o que nos leva a perceber, que de fato todas as coisas são importantes, em que a evidencia do ser mais importante é dada pelo o sujeito.
As coisas, os objetos, as manifestações, são apenas ferramentas ao dispor do ser humano, que as pretende manipular de acordo com seus desejos mais íntimos.
Que desejos serão esses ?
Descubra por si mesmo, se for capaz.
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