Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Permissão e repressão

Não merece discussão, nem causa qualquer tipo de discussão a realização das necessidades básicas do corpo para que a função não sofra abalos, mas o mesmo não podemos afirmar quando falamos de desejos psíquicos, que se encontrem para além de tais necessidades. Aqui, damos conta, que uma vez permitidas determinadas atitudes, repetidas tantas vezes, ganham corpo no corpo do ser humano, a que designamos por incorporação, passa a constituir uma necessidade, embora secundária, seguindo o mesmo caminho das necessidades primárias. Somos levados a considerar a importância na formação humana da permissão, em detrimento da repressão, dado que esta só tem lugar a partir de uma permissão, que não mais parece ser tolerada, e tenta-se reprimir, em que damos conta de uma possível perda, que o indivíduo não está pronto a encarar. Permitir, dar algo, ou alguma coisa, será sempre bem vindo, mas uma vez adquirido, o indivíduo entrando na sua posse, não deseja perder, o que pode gerar um conflito quando se apercebe que pode, ou vai perder, ou alguém pretende roubar o que por direito lhe pertence. A repressão funciona como a possibilidade de roubar a liberdade individual, reprimir seus desejos, castrar o seu sentido de vida, que lhe fora concedida pela natureza, ou permitida mediante sua formação infantil. Decididamente formar não é castrar, reprimir, mas apenas, e tão só, não permitir. O corrupto só o é de fato, quanto alguém cede á sua sedução, o que nos leva a considerar, que a tentativa de corromper, só será concretizada, se um outro permitir. A corrupção começa no seio da família, em que o pai é desautorizado pela mãe, ou vice versa, em que o adulto perverso, faz do filho um pervertido, e transgressor da lei.

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