Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento
Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou.
O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana.
http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Caos e instintos
Freud e o inconsciente – Garcia Roza
- A idéia de ¨ organização ¨ da libido numa fase pré-genital implica que Freud tenha admitido que a sexualidade anárquica do período do auto erotismo comece a se organizar em torno de zonas privilegiadas antes de adquirir uma organização global em torno da zona genital.
Freud, sem dúvida alguma, elabora a noção de zona erógena segundo um referencial anatomofisiológico.
Após refletir mais e depois de levar em conta outras observações, fui levado a atribuir a qualidade de erogeneidade a todas as partes do corpo e a todos os órgãos internos (ESB, v.VII, p. 188, nota)
Aqui a anarquia semelhante ao caos, não pode se referida ao corpo, mas antes á percepção que o ser humano possui dele, que pretende transformar, de acordo com a observação e poder de investigação, que garante o saber, não só em relação á sua evolução, como também relativamente á função de um organismo.
Se por um lado será constatada, o que podemos considerar como anarquia, por outro lado nos é dado a saber, ser ela pertença de uma determinada organização genética / biológica, que tende a reorganizar-se em função do meio e da própria evolução de um corpo.
Assim, em primeira análise o exercício da sexualidade depende da maturação de um corpo, cujo sentido dependerá do meio envolvente, que serve á sua formação psíquica.
Não será a formação que confere sentido, como a proibição do incesto, por exemplo ?
O mesmo será afirmar, que pode existir um desvio da pulsão em relação á sua fonte original, mas nunca será possível a eliminação do instinto, servindo-se este do apoio da pulsão para satisfazer suas necessidades.
A pág. 100 refere o seguinte:
-O objeto do instinto é o alimento, enquanto o objeto da pulsão sexual é o seio materno.
Tentar distinguir, o que é dado a uma necessidade e a um desejo, julgo que deve passar por entender em primeiro lugar, o objeto do instinto, entendido como necessidade básica, e o sentido determinado através da relação com os objetos exteriores, como processo secundário derivado de desejos humanos.
Perante a impossibilidade de castração dos instintos, só nos parece restar mesmo o sentido da pulsão que o possa apoiar.
É aqui, que damos conta de uma forma de pensar, que tende para a uniformização, que ignoramos tantas vezes, que possa ofender os princípios da própria natureza do ser humano.
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