Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

domingo, 4 de setembro de 2011

Dor psíquica

Designamos dessa forma um sinal psíquico, como uma espécie de chamada de atenção, devido a algo, ou alguma coisa, que não está segundo determinada organização da mente, como se fosse o intruso que pretende violar sua vítima. Não existe propriamente uma dor psíquica, mas antes um determinado estado ansioso, que pode revelar uma diversidade de formas, mais ou menos intensas, cujas implicações são de diversa ordem. Algo de estranho, que se faz presente ao ser vivo, como intruso invadindo um espaço pertença de outro, provoca no sistema sensorial uma estranha sensação, que leva o corpo a virar sua atenção para algo que está a acontecer na periferia. Baixa intensidade de um estado ansioso, significa a baixa valorização que é conferida a uma relação entre corpos que se entrechocam, de que não parece resultar uma pressão excessiva de um sobre o outro. Valorização, quantidade de energia investida, resulta na intensidade de determinado fenómeno mental, que é dada pela resistência do próprio corpo ás adversidades, que podem colocar em causa a continuidade da vida, e sua sobrevivência. A resistência, e o conseqüente aumento da intensidade energética está relacionada diretamente com a pressão exercida por algo, ou alguma coisa, que funcione contra a vida do ser vivo, ou que tente esmagar seu sentido de vida. A criança de tenra idade não possui o sentido da vida desenvolvido, mas sendo portadora de vida, o corpo manifesta-se como desejo de uma vida contida, que apresenta no movimento a essência de uma forma manifestada de vida. O sentido de vida é adquirida pelo corpo nas suas relações exteriores, desde a saída do útero materno, das quais emerge um sentido que é registrado no psiquismo, como traços mnêmicos incorporados, que servem a futuras relações. São esses traços, que são sentidos, que se tornam inconscientes, que servem a um poder reativo quando na presença de um objeto exterior. O que equivale a afirmar que só serão válidos a partir da presença dos objetos exteriores, e de nada servem na sua ausência, ficando sem atividade, inoperantes, o que pode conferir ao indivíduo um sensação estranha de encontrar-se sozinho no mundo. Abandonado e triste, sente estar desamparado, cuja tendência será para definhar, e morrer.

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