Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

sábado, 10 de setembro de 2011

Psicodiagnóstico

A lógica psicanalítica A necessidade de uma definição patológica à priori é decorrente de uma outra necessidade, a da medicamentação, como a tentativa de retirar o indivíduo da dor e sofrimento, disfarçando, ou tentando eliminar os sintomas, que não suas causas. Não se enquadra, portanto, dentro de uma lógica psicanalítica, que por isso, não é de sua competência, e que não deve ocupar o espaço das preocupações do cotidiano em psicanálise, muito embora o saber não ocupe lugar, e o psicanalista deva estar atento. A lógica em psicanálise funciona através da evidência, tentando desmontar o que se encontra oculto, para que as coisas possam tornar-se claras para aquele que padece, o que coloca a questão em campos opostos, cujas áreas de atuação nem sequer são semelhantes. Queiramos ou não, a diferença encontra-se no disfarce sintomatológico, na tentativa de eliminar a dor e sofrimento, não sendo esse o lugar da psicanálise, pelo que a literatura que pretende tratar das coisas da mente, da psicologia humana, não deve ser levada a entrar em campos para as quais não está preparada, nem sequer é sua função. A psicologia tem um campo próprio de atuação, que não se compadece com definições á priori, porque a necessidade de medicação do sujeito não é de sua responsabilidade, embora possa servir de indicador, funciona apenas como uma tendência patológica, que não pode ser entendida como verdade psicopatológica. A transformação de uma tendência numa designação patológica, quando transmitida ao paciente o conduz pelo caminho do induzido, cuja indução foi produzida pelo analista, que o coloca de vez na condição de paciente de uma doença identificada. Um transtorno não é uma doença, mas poderá vir a ser se o indivíduo for seduzido a aceitar que está doente, o que nos coloca perante uma outra questão: - A de um poder mágico sobre aquele que padece, julgando este, que o analista é possuído por um conhecimento, e poder, que ele não possui, desviando as coisas da área do conhecimento, e as incluindo no mundo da magia, da profecia, e da vidência. No fundo, de acordo com os estudos e investigação em psicanálise, percebe-se como forma primária de organização da mente, a crença, o mitológico, o poder mágico, cuja evolução psíquica deve seguir o caminho do princípio da racionalidade, é de certo modo alimentado, pelo suposto saber daquele que é ignorante relativamente ao conteúdo de imagens e idéias de um determinado indivíduo, e quanto á forma como estão associados, designado por organização mental. Aqui, o papel da transferência pode ser levado por caminhos tortuosos, servindo os interesses da eternização patológica, mas que tendem a ferir os princípios, que a teoria em psicanálise propõe, que tem a ver com a revelação, não do patológico, mas daquilo que possa conduzir o indivíduo á patologia. Parece evidente, que a revelação é a essência em psicanálise, de tudo aquilo que possa levar o indivíduo à patologia, sendo irrelevante, ou menos importante, o que possa ser considerado por alguém, ou uma instituição, como patológico

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