Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

domingo, 23 de outubro de 2011

Filosofia psicanalítica da mente

Grupos intelectuais • Uma forma de um poder prepotente e intolerante está em ignorar os diferentes, muito embora afirmando, que todos têm direito à diferença. No mundo atual seria suposto, que o individual pudesse traçar um caminho diferenciado, com suas opiniões próprias e seu saber, em que o coletivo poderia colher os frutos dessas diferenças. Seria suposto, dizia eu, mas a realidade dos fatos falam por si, em que os grupos semi fechados, não só dos intelectuais, discutem os assuntos entre si, andando á volta dos meus pressupostos, não dando espaço para as diferenças. Cada vez mais falamos da necessidade de uma liberdade de expressão do pensamento, como se o pensamento não fosse o único que continua liberto das amarras de um poder autoritário, em virtude de se expressar em primeiro lugar para o sujeito. Nos expressamos em silêncio para que ninguém nos possa ouvir. Essa era a alternativa em ditadura. Essa é a alternativa hoje para todos aqueles que não suportam o julgamento, ou as opiniões divergentes. Alguns pensam em voz alta em democracia, mas poucos parecem ouvir, ou desejam que os outros ouçam, em que os diferentes são excluídos através do silêncio. A sociedade continua com medo do individual, muito embora sinta que deve dar voz aos diferentes, mas entre o sentir e colocar em prática vai uma grande distância, porque se intromete a vaidade, e o poder, cujas conseqüências sabemos muito bem quais são. A horda primitiva animalesca não foi perdida, em que a formação dos grupos é um sinal de proteção contra as investidas dos mais atrevidos, só que não se trata de sobrevivência a ataques ferozes de outros seres humanos, mas de conhecimento. Mas será mesmo, que em última análise tal proteção num grupo não seja sentida, embora de forma inconsciente, como uma necessidade em sobreviver ? Recordo as palavras de um escritor ocasional, que já nem recordo o nome, que afirmava assim:- Os grandes meios de comunicação social, televisão e rádio, fazem falar os burros, e calar os inteligentes. Nunca consegui ler uma frase num outro lugar tão adaptada aos dias de hoje. Lança-se uma imagem, publicidade quanto baste, e lá estamos a comer do mesmo, embora disfarçado com outras roupagens, daí a febre do controle humano pelos meios de comunicação social de maior audiência. É de fato uma luta de galos. Transforma-se a aberração em idealismo, que contem em si mesmo o poder destruidor de um ideal a perseguir,com a adoração de figuras mediáticas, estéticas, que muitos deles nada acrescentam ao que já sabemos, num contínuo refazer do que se encontra há muito tempo feito, embora empreguem outras designações. O importante é manter o estabelecido. Os grupos sempre foram o suporte daquilo que alguns pretendem inteiro. Freud não se enganou, nem criou ilusões, os homens para mudarem um milímetro precisam de um século.

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