Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento
Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou.
O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana.
http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Núcleo familiar
È neste lugar que tudo se encontra, e tudo podemos encontrar, como a síntese de relações exteriores, costumes e fatores culturais, que são transmitidos através de gerações.
Aqui encontramos o princípio de satisfação e os desejos, que são sentidos no interior, projetados nos seus membros, e no exterior.
Todos esperam encontrar uma correspondência exterior para que o bem estar, o ser feliz não seja afetado, mas tal intenção não é de todo conseguida, e de vez em quando a frustração nos vem dizer, que isso não é possível a tempo inteiro, colocando dessa feita em causa o modelo de organização adotado.
Eis aqui, o princípio primário da organização social, e por conseguinte, da organização mental, que não considera as adversidades, as contrariedades, em que o fenómeno de afirmação / negação tem sua origem primeva na biologia, de acordo com o princípio de satisfação.
Ao não considerar as frustrações, o ser vivo persegue tudo aquilo, que possa contribuir para a preservação de sua vida, tentando fugir da morte, em que a procura do sentido de vida encontra-se na satisfação, como forma natural / biológica, em que tudo o resto lhe é indiferente, muito embora as coisas existam, e ocupem um determinado espaço dentro de um mesmo campo de atividade.
Significa, que o fato de existir não será excludente, nem considerado como coisa proibida, prejudicial, negativa, em que a existência não é sinónimo de uma relação inter ativa.
Podemos levantar a questão:
- Porque pretende o ser humano alargar seu campo de ação para além de seu próprio campo de atividade, que lhe é conferido pela pópria natureza ?
Por acaso não percebe, que ao desejar isso está a colidir com um campo de atividade alheio, que na presença de uma tentativa de invasão, tende a ganhar resistência, e a combater o intruso ?
Não podemos encontrar aqui motivos suficientes, na tentativa de entender o princípio primário da evolução das neuroses, que parecem manter uma estreita relação com uma atitude expansionista, repressiva, prepotente e intolerante ?
O medo de cair na psicose não deve levar a sociedade a considerar como melhor as neuroses produzidas, cujas consequências trágicas são bem evidentes, como se fosse um mal menor, o que revela uma percepção ambivalente, e produz impotentes, que não conseguem enxergar qualquer outra solução no campo da formação familiar e educação cívica.
Temos o dever de encontrar um terceiro pensamento.
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