Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento
Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou.
O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana.
http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7
sábado, 10 de dezembro de 2011
Aparições ( I )
psicose,neurose, ou um fenómeno mental natural ?
O que podemos sentir e perceber é natural, muito embora possa ser considerado anormal.
A sensibilidade no mundo da psicanálise é caracterizada por uma fragilidade interior do indivíduo, e disso parecem esquecer alguns, que se dedicam à difícil tarefa do estudo e investigação da mente humana.
O Ego, aparentemente forte, para alguns é inflexibilidade / sensibilidade, reagindo com a negação derivada de uma vontade de poder de afirmação, que não possui condição alguma de estabelecer o diálogo, compreensão, o que implicaria entrar pela porta da associação.
Mais nada pretendem associar ao já estabelecido.
Assim, o conhecimento torna-se finito, e nada mais pode ser discutido, para além do conhecido, sendo a castração do mais saber, estabelecendo-se uma verdade absoluta.
No meio da psicanálise fala-se em auto análise, mas a pergunta que devemos fazer será a seguinte:
-O sujeito consegue por si analisar, o que em si mesmo se constituiu em verdade absoluta ?
Se fosse assim, para que serviria então a análise, se de fato através dessa auto análise o sujeito conseguisse chegar ao mais saber ?
O simples ato de auto análise, a meu ver, não dispensa a análise terapêutica.
A verdade constituída em absoluto, não a podemos encontrar no conhecimento, mas antes numa vontade de poder, que coloca a certeza no saber, recusando o mais saber, como se o conhecido lhe bastasse, e fosse o fim de uma trajetória, que em si mesma parece ser infinita.
Essa tentativa de transformar o infinito em finito, por acaso, não recusa a diversidade / subjetividade, desejando a uniformidade, um saber absoluto, que é o senhor das trevas, que não da luz ?
As idéias divergentes, a frontalidade, são por vezes entendidas como demoníacas, e os fenómenos que divergem de um conhecimento admitido como absoluto, só pode ser elevado à categoria do sobrenatural, da existência de fantasmas, espíritos vagueando pelo espaço, em que os fenómenos físicos / químicos são relegados para segundo plano, emergindo a idéia de um poder mágico.
O que pode ser entendido como o persecutório ?
Quem persegue quem ?
Aquele que persegue foi perseguido, através dos fantasmas induzidos de sua infância, que entende na divergência, o fantasma que o persegue, e por isso sente-se ofendido, e agredido.
Como entender o fenómeno da aparição mediante os princípios teóricos em
psicanálise ?
A divisão entre o bem e o mal, caracterizada pela idéia absurda da existência de crenças boas e más, categorizada por um poder, que se acha no direito de estabelecer defeitos e virtudes, parece agora invadir o espaço do estudo e da investigação da mente humana, procurando fora dela, o que nela não consegue encontrar.
Confundir os campos de atividade, é uma forma de descaracterização, resultante de um poder mágico incorporado, que tende a desprezar o conhecimento científico.
Como esse poder mágico, do sobrenatural, do mundo fantasmagórico, e de espíritos vagueando pelo o universo, pode casar com o princípio da realidade de um
psicanalista ?
Marcadores:
corpo,
Filosofia psicanalítica da mente,
mente,
Psicanálise,
sentidos,
sobrenatural
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário