Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento
Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou.
O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana.
http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7
sábado, 17 de dezembro de 2011
Aparições ( III )
Seria absurdo considerar, que um ser vivo, que encontra na genética e biologia a razão de sua própria existência, em última análise os seus atos não possam ser explicados através delas, como princípio geral da organização dos seres vivos.
Contrariar a própria natureza das coisas, não as desejando enxergar, cujos motivos não importam para esta análise, será devido a um desejo incorporado, cujo objetivo será a transformação da realidade fenomenológica universal.
Que bicho mordeu ao ser humano para considerar que detêm o poder suficiente para transformar o mundo, e as coisas ?
A idéia produzida por um desejo, seja qual for, será pura ilusão quando não detêm o poder de transformar a realidade, em que apenas pode produzir sensações, que não consegue realizar em ato.
Podemos procurar nos derivados a explicação para os fenómenos, porém, em última análise eles são originários de uma forma genética / biológica, que apresenta como fundamento primário o princípio de satisfação de um corpo, que apenas sente, e não pensa.
A problemática da identificação e do investimento de energia são derivações desse princípio fundamental para a existência de qualquer ser vivo, que se apresenta em sua existência como um diamante carecido de ser lapidado, sob pena de perecer perante as contrariedades.
Existe uma questão cultural, e ao mesmo tempo formativa e educacional, que recusa tal princípio como a essência da própria existência de um ser vivo, nos remetendo para o sacrifício, dor e sofrimento, como forma de alcançar a satisfação plena.
Quanto de ilusão existe nesse conceito, que nos leva a acreditar no artificial de uma formação teológica e filosófica, que se coloca frontalmente contra a própria natureza das coisas, e das forças que regem o universo, esperando com isso transformar o homem num ser generoso e afável.
Considero um fracasso essa tentativa, basta enxergar o mundo, mas essa forma de entender a formação e educação, tende a permanecer, dada a impossibilidade de reconhecer em outras formas, não só por falta de conhecimento, mas sobretudo devido a experiências sentidas na carne e na alma, uma outra maneira de formar e educar os vindouros.
O medo da mudança será o entrave para colocar em prática outros conhecimentos, que por medo o ser humano não muda de lugar, porque as coisas podem ficar piores do que já estão, o que convenhamos não deixa de ser uma acomodação ao já existente, mesmo que não desejado.
O ser humano sujeita-se a manter as coisas como estão por medo.
Por medo fica estagnado, imobilizado, não experimenta outras possibilidades o que poderia transformar as resultantes, pelo que aquilo que acontece, e parece, ou é estranho, só pode vir mesmo de algo superior a ele, de que mais uma vez possui medo.
O mundo fantasmagórico provém dessa realidade repressiva aprisionada ao medo, por medo que seus desejos não sejam realizados, mesmo que sejam no além, ou para além de sua própria existência.
O que o ser humano persegue com todo o vigor são suas necessidades e desejos, o que nos leva de volta ao princípio de satisfação, como condição primária genética / biológica.
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