Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Filosofia psicanalítica da mente

A procura da verdade
Ao longo da existência humana assistimos a pensamentos diferenciados, que a meu ver, são a procura de uma verdade que nos parece escapar, mas que perseguimos insistentemente, que não se contradizem, sendo apêndices de algo fundamental e inatingível.
Se a Filosofia é a procura da verdade, ela não está visível para o ser humano.
E se assim entendermos, mesmo que a encontremos somos levados a duvidar dela, dado que é algo de difícil acesso.
Mas onde se encontrará a verdade ?
Qual é a sua morada ?
Sejamos mais profundos.
Ela se encontra na própria existência das coisas, como algo concreto e palpável, ou o abstrato também contém a verdade ?
E que verdade será essa, que tanto se apresenta, e pode ser observada, como ser oculta e invisível ?
Se assim podemos considerar, ela se encontra para além da própria existência das coisas, como resultante de processos anteriores, que já não coisas, mas pura energia.
As coisas passam a ser um produto de uma verdade anterior, que se estabeleceu a partir de uma relação e associação de formas energéticas, resultando em massa corporal, de cuja evolução fala Darwin, por exemplo.
Os processos físicos e químicos são anteriores á própria existência das coisas.
Ou serão as mesmas coisas, que não podem ser observadas pelo o ser humano, porque infinitamente pequenas não percebemos a sua presença ?
Quando procuramos, somos levados por indícios, como restos que permanecem na mente humana, que nos possa conduzir ao lugar onde supostamente julgamos encontrar a verdade.
Podemos questionar, que restos serão esses ?
Contudo existe uma condição essencial para a procura da verdade, que tem a ver com a aceitação de que a existência da diversidade contraria o princípio da constância, e da uniformidade, ou seja, de um referência absoluta.
O que nos leva a perceber, que ela está em todas as coisas, que servem a uma complexidade como realização de uma verdade superior, á qual ainda não temos acesso.
Desse modo, a verdade individual faz parte de um todo, mostrando ser uma infinita parte de uma verdade universal de que pouco sabemos, que só nos é revelada através da relação e associação de formas, ou seja, de outras verdades, que não devemos julgar.
A questão da intolerância, de o sujeito bater-se de forma prepotente pela sua suposta verdade, não se encontra na verdade como algo abstrato ainda desconhecido, mas em cada corpo, que se manifesta, sem saber o que é verdade, ou sequer se ela existe.
Para se ser intolerante, o indivíduo tem de possuir força interior para sustentar a sua verdade a ponto de confrontar-se com todos os outros que tendem a opor-se, em que o confronto de verdades se traduz, não raras vezes, em violência gratuita, levando até à morte.
Todos sabemos, que um corpo para existir tem de possuir energia, de onde resulta alguma potência, mas ela por si só não explica a super produção de energia, que faz do homem uma máquina repressiva, e intolerante.
A energia potencializada num corpo, não nos conduz à verdade, dado que ela faz parte de um processo, como resultante da relação e associação de outros corpos, mas antes a uma realidade, que tanto pode ser observada como sentida.
Podemos saber do que trata a realidade, mas chegar á verdade ainda parece ser uma miragem.
Assim, se o sujeito julga possuir a verdade, ela torna-se em objeto de seu fazer e dizer, em que a idéia passa a fazer parte da existência do ser humano, da sua interioridade, que pode ser diferente de alguns outros, por isso subjetiva.
O que se torna em objetivo para cada um será objeto do seu fazer e dizer, como algo
fundamental para a sua própria existência.

Continua na próxima postagem.

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