A genealogia da representação, no caso da castração, consiste essencialmente nos avatares de uma fantasia que é a da separação.
É nesse sentido que se é levado a falar de ¨castrações¨ pré genitais: oral, por exemplo, com o momento repetitivo de retirado do seio ou o tempo, mais geral, do desmame; ou ainda a chamada castração anal ou, em termos gerais, excrementícia; e enfim, mais arcaica e também mais enigmática, a separação do nascimento; mais enigmática porque se trata de uma ¨castração¨ que não é vivenciada como tal pelo sujeito e não poder ser, no começo, tematizada pela criança, mas pela mãe.
Essas castrações estão submersas, encontram-se numa relação de recalcado em face da configuração ulterior; recalcados, particularmente, em relação ao complexo de castração fálica.
Será que não se trata mesmo (eis uma indagação que temos de formular) do recalcado primordial, originário ?
A pergunta seria, portanto, a seguinte, partindo desses precursores da representação ou do complexo de castração: o destino dessas representações arcaicas, que prefaciam o complexo de castração, poderá dar-nos uma idéia mais concreta do que constitui o fundo do inconsciente ?
J.Laplanche - O inconsciente e o id - Problemáticas IV
Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento
Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou.
O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana.
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sábado, 16 de abril de 2011
Genealogia da representação
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