Uma das questões mais intrigantes em relação aos fenómenos mentais, é a sua capacidade, em face de uma complexidade ideativa, e seus derivados, provocar no indivíduo, espasmos, alergias, amnésia, anestesia, paralisias, desmaios e convulsões, entre outras alterações no organismo.
Independentemente de encontrar uma classificação e enquadramento em determinadas expressões técnicas patológicas, podemos tentar entender tal fenómeno segundo uma ordem do investimento de energia, e de sua dinâmica complexa de forças, como primeira abordagem.
Abstraindo das possíveis designações técnicas que podem ser dadas ao fenómeno, nos interessa sobretudo entender, em primeiro lugar as causas, e o que se intromete, que possa provocar alterações tão evidentes no organismo, na função biológica.
Nos é dado a perceber, que as evidencias são notadas a partir de uma alteração biológica, devido à intensidade de determinado fenómeno, o que nos leva a considerar, que, embora de forma mais ou menos intensa, por isso mesmo, mais ou menos perceptível, qualquer alteração provocada por uma complexidade mental se faz refletir na função do próprio corpo biológico.
O que começa por uma simples irritação, ou prurido, dor de cabeça, ou dores abdominais, passando por contrações musculares, em determinadas situações pode dar lugar a convulsões, desmaios, amnésia, ou até mesmo paralisias.
Nos é dado a observar, de acordo com o descrito, que existe uma evolução / complicação psicopatológica, que ao agravar-se, ou se manifestando de forma mais intensa, o patamar de suas consequências aparentam ser mais gravosas para o estado de saúde do indivíduo, e são facilmente observadas.
Significa, que todo o sistema biológico está sujeito a um estado de alteração, embora possa ser, mais ou menos perceptível, porque sentido pelo o corpo, com maior ou menor intensidade, ele na realidade não deixa de existir.
De seguida nos confrontamos com a tentativa de explicar o fenómeno, que apresenta ao nível do investimento de energia, da resistência e da intensidade, uma expressão de uma força, mas que não parece que seja condição suficiente para a evolução fenomenológica, pelo que devemos encontrar na complexidade mental, e seus derivados, o que nos falta saber acerca de tal estado de alteração de um corpo.
Partimos de um dado adquirido, entendido como verdadeiro, que prende-se com o fato de todo o sistema biológico estar sujeito, embora de forma mais ou menos intensa, a alterações provocadas por uma determinada organização ideativa, e seus elementos de interseção, que constituem um verdadeiro complexo mental.
O fato de serem observadas alterações evidentes na postura fisiológica, e no próprio organismo como um todo, que sabemos serem produzidos por um complexo mental, nos faz saber, que o ideativo faz parte do corpo, que dele é indissociável, que nele se manifesta, e que por ele é manifestado, quando sentida uma incompatibilidade interior de forças instintivas, e ideativas.
Por outro lado, nos apercebemos, que o corpo não regista qualquer tipo de alteração, quando tais forças vivem em equilíbrio, sem que se conheça impulsos fortes, dando lugar a uma certa harmonia, ajuste, ou compatibilidade entre elas.
Se assim considerarmos, nos é revelado como verdadeiro, que a tentativa de castração dos instintos, ou seja, do sentido de vida, será um dos responsáveis por futuras patologias no indivíduo.
O que fato, em psicanálise, pode ser considerado como castração ?
Fica a pergunta.
Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento
Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou.
O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana.
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quarta-feira, 6 de julho de 2011
Psicopatologia e castração dos instintos
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