Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

sábado, 9 de abril de 2011

Massacre no Rio de Janeiro

Um indivíduo de 23 anos entrou na escola onde antes tinha estudado, e munido de dois revólveres começou a ceifar vidas de adolescentes que nem sequer conhecia.
O gênero feminino foi escolhido para o sacrifício lavando as impurezas de uma alma humana perdida.
Se o fundamento da dinâmica psíquica fosse apenas a consciência, o ser consciente, o sujeito estaria cônscio da lei, que diz para não matar e agredir o semelhante.
Pelos vistos não basta ter conhecimento.
Em 365 dias, só no Estado do Rio de Janeiro acontecem 5.600 assassinatos.
Crianças e adolescentes são diariamente abatidas a tiro, sem que tenhamos uma estatística real das agressões de que são vítimas.
Prostituição infantil, tráfico de órgãos e droga fecham o cenário da degradação humana.
As mulheres sofrem abusos de toda a ordem, aumentando assustadoramente o número de violações, espancamento e agressões, em que a brutalidade familiar acontece, ultrapassando o que nos é dado a observar nas ruas.
O extermínio em massa, que o Brasil não conhecia, aconteceu em 07 de Abril do corrente ano, não tendo o assassino passado criminal, que possa de algum modo justificar o seu ato tresloucado.
Em suma, os atos de violação, brutalidade e matança continuam apesar da maioria afirmar que temos consciência, que somos seres conscientes e inteligentes, em que a morte parece conviver, e superar o amor pela vida.
Não fora o caso do inconsciente, ser uma manifestação da consciência perdida no tempo, que se tornou em registro, em lei, diríamos, que seus efeitos seriam puramente animalescos.
Um animal selvagem, seja qual for, não procede da forma como o fez aquele indivíduo.
Algo, a (de) formação familiar e a sociedade incorpora no indivíduo, que o faz ser desse modo, muito embora nos custe a reconhecer, a realidade nos mostra, que muitos de nós não possui um comportamento humano, nem sequer o podemos perceber como semelhante aos instintos do puro animal.
Desse modo, damos conta do surgimento de instintos de morte carregados de uma brutalidade, de destruição em massa, que não passa por aquilo que é dado ao ser humano, ou ao simples animal selvagem.
De que instintos estamos a falar ?
Neste caso, falar de psicose como denominação de um instinto animal que não foi castrado parece absurdo, dado que ele não existe na natureza genética e biológica de um ser vivo, seja qual for, como atrás foi descrito.
Confunde-se o instinto de negação, de alguma agressividade, como algo natural de um ser vivo, com um instinto de destruição desta ordem.
É fácil culpar os instintos.
Falar por falar, só porque não conseguimos enxergar as coisas de outro modo, demonstra a incapacidade em provar, que tais instintos são de origem animal ou humana, o que de fato não é possível demonstrar, insistindo em tocar a mesma melodia por mais desafinado que esteja o instrumento.
O que nos falta saber não se encontra na resposta fácil.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu acredito que o rapaz que assasinou aqueles jovens tinha em seu inconsciente um forte desejo de matar e buscou durante sua vida toda justificativas para isso, pois na minha opiniao ate a personalidade dita por alguns ex-colegas de escola como estranha que ele demonstrava se isolando dos demais e os olhando por cima dos oculos é o forte indicio de que ele sempre odiou as pessoas.
O fato é o porque esse desejo em sua mente?
Pode ser alguma disfunçao neurologica, psicose, instinto animal - q nos leva a algum tipo de psicose tambem, misterios da vida, mais um a se decifrar e que logo darao um nome ao motivo visando conformar a sociedade.

Analizzare - Formação em psicanálise disse...

Charlotte
Um animal selvagem não tem um instinto assassino, apenas mata para comer.Até nas lutas, em que um se afasta ferido não é perseguido. Se um ser humano, que deseja ter valores altruístas, não consegue ser animal, nem humano, o que o levou a ser desse modo ? O que se coloca em pauta não são denominações, cuja finalidade é justificar um ato tresloucado, mas quais os motivos que levaram aquele ser humano a se afastar de qualquer modelo conhecido. Por outro lado, Charlotte, os transtornos psíquicos não aparecem de um dia para o outro, eles são fabricados num determinado tempo, e alimentados durante anos, até explodir, e causar tragédias como estas. A prevenção é o caminho Um abraço

Anônimo disse...

COM CERTEZA, CONCORDO COM VC OS TRANSTORNOS PSIQUICOS SÃO RESULTADOS DE ANOS DE EMOÇOES SUPRIMIDAS E TAMBEM EM ALGUNS CASOS UMA FORTE TENDENCIA NEUROLÓGICA.
NÃO SEI SE VOCE CONCORDA COMIGO, MAIS PELO QUE FIQUEI SABENDO NOS NOTICIARIOS A MAE DELE ERA DOENTE MENTAL FOI CONCEBIDO DENTRO DO SANATORIO PROVAVELMENTE POR UM PAI DOENTE MENTAL TAMBEM O QUE FATALMENTE DEVE TER LHE GERADO HERANÇAS GENETICAS E DISFUNÇOES CEREBRAIS QUE ALIADA AO ANOS DE SENTIMENTOS MAU DIRECIONADOS O TRANSFORMOU EM DOENTE MENTAL TAMBEM..
ABRAÇOS