Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sentidos e física quântica

Se estivermos de acordo que o sentido emerge de uma relação entre corpos, ele será a resultante de um fenómeno quântico, e não algo que lhe pertença, sendo a consequência, que surge como um elemento derivado.
Devemos perceber, que tudo se transforma e nada se perde, como disse Lavoisier, em que aquilo que designamos por novo, contém sempre algo de um velho corpo, imagem, ou idéia.
A teoria da evolução consiste na transformação em permanência.
O problema é que as transformações lentas, para o ser vivo não são perceptíveis de imediato, em contraste com aquelas que possamos observar no momento, existindo uma limitação quantos aos sentidos.
Por outro lado nos vem dizer, que o ser ôntico, posiciona-se num vir a estar de outro modo, numa procura exterior incessante, que provém de um sentido interior, que tende a impulsionar o corpo, por não ter condições de sustentar-se a si mesmo o tempo todo.
Se o ser ôntico apresenta como única característica o sentido, e o impulso dele derivado, para que seja possível a procura exterior, as características ontológicas são adquiridas, provenientes de uma relação do ser vivo com o meio exterior e os objetos.
O objeto caracterizado por um objetivo, a preservação da vida, apresenta como objetivo último encontrar no exterior as condições que possam garantir tal estado.
Desse modo podemos afirmar, que existe um objeto / objetivo bem definido, constituído pelo o corpo biológico, que tem por finalidade o princípio de satisfação de si mesmo, cujo meio e objetos exteriores são formas subjetivas encontradas, desde que possam realizar os desejos de um corpo.
Significa, que aquilo que é dado á função biológica, é processada sempre do mesmo modo, que para a manter num estado de laboração, o ser vivo pode recorrer á substituição de objetos exteriores, para que possa cumprir a tarefa de satisfazer o corpo.
O ser ôntico é uma designação filosófica de uma necessidade sentida no corpo, e pelo o corpo, de um ¨ não desejo ¨, que atingindo certa intensidade promove o impulso interior, que o faz movimentar na procura exterior.
Tal vontade expressa através de um corpo é involuntária, que tende a emergir devido a um aumento de insatisfação interior, face a uma posição anterior de alguma satisfação.
Não nos custa por isso admitir que existe um equilíbrio precário.

Notemos então que a única referência válida, que serve á função biológica, é o princípio de satisfação, e que perante a insatisfação sentida, o corpo tende a reagir, cuja finalidade é tentar repor as anteriores condições de satisfação.

Desse modo somos levados a considerar a existência de elementos, que podem apresentar uma outra forma de organização, pertencente, quiçá, a outros sistemas, que devido a excessos, ou á escassez, tendem a transferir tais sentidos, num processo de indução em permanência.

Em jeito de conclusão direi que :

- Aquilo que é dado á física quântica tem seus princípios funcionais, que cessam na emergência de um fenómeno, que pode ser, ou não, observável e observado pelo ser humano, decorrendo daí o questionamento, a indagação, cuja finalidade será a tentativa de compreender os fenómenos.
- Parece existir uma lei única universal energética, que não depende dos corpos, ou partículas.
- O que nos parece causar espanto, é que devido á relação da diversidade de corpos, e interligação de determinados elementos incorporados, possamos perceber nisso a causa fenomenológica.

- Se aceitarmos que possa só existir sentidos, e levarmos por aí os estudos e investigação, retiramos á filosofia a interpretação de formas conceptuais, a partir da existência de consciência nas relações, o que permite perceber outros horizontes.
É imperdoável, que se volte deliberadamente as costas a algo de tamanha importância, como os instintos e os sentidos, por pensarmos que isso é pertença exclusiva dos animais selvagens, quando somos surpreendidos constantemente com atitudes semelhantes em seres humanos, com algumas praticas de vandalismo, que não conseguimos observar em plena selva Africana.
A teoria que reprimir os instintos faz com que o homem os não evidencie, percebendo-se nisso a tentativa de os anular, tem dado resultados insatisfatórios, e até mesmo catastróficos.
A falta de uma nova perspectiva tem sido responsável pelo o aperto do torniquete, de cada vez que os instintos afloram, em que a proibição não tem sido o garante de uma sociedade melhor, embora desenvolvida científica e tecnologicamente.

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