Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Anti matéria não existe

O que parece existir é matéria que o ser humano designa por negativa, dada a sua carga electromagnética diferenciada daquela outra que conhecemos como positiva.
A necessidade de designar, dar nome ás coisas, apresenta alguma dificuldade em dar a conhecer de fato o que as coisas são, e apenas tende a afirmar o que elas parecem ser aos olhos do ser humano.
Nos posicionamos no aparentemente belo, de cuja beleza o próprio nada sabe, mas que lhe é conferido por um outro, que considera a sua beleza, daí nascendo alguns conceitos de beleza, que são pura invenção humana.
Antes gorda e bela, hoje nem tanto assim.
Negativo e positivo, bipolaridade, como designação abrangente referindo, que o mesmo corpo pode ser possuído por dois polos, negativo e positivo, como outras designações, alto / baixo, bem / mal, feio / belo, são negativos, ou positivos da mesma forma.
Não será a mesma ambivalência emocional reproduzida nas coisas ?

Mas como uma forma pode ser o contrário de si mesma ?
Ou, como ela pode ser desdobrada em duas formas, sem a alteração do seu estado ?

Se Lavoisier tinha razão na sua afirmação, que nada se perde, tudo se transforma, deverei considerar que a matéria não perde a sua polaridade negativa adquirindo a positiva, ou vice versa, e que não deixa de ser matéria, porque nada se perde, mesmo que alguma coisa produza alteração em si mesma.

Posso deixar de ser homem por não possuir pénis, mas não deixo de pertencer á classe dos humanos por esse fato, em que apenas foi alterada uma característica particular, que de macho virei fêmea, em que o sentido da criação é o mesmo.

Penetrar e ser penetrado faz parte do mesmo ato, que pode ser fecundo e dar frutos, em que não existe pólos, mas apenas algo que pode ligar-se a alguma coisa, de cuja associação resultam consequências.
Talvez seja isso, o que designamos por macho e fêmea, branco e preto, afirmação e negação, que culturalmente nos habituaram a distinguir como positivo e negativo, ou como algo menos importante de umas coisas em relação a outras.
Mas de onde virá esse grau de importância ?
Das coisas, ou do pensamento humano ?
Para o homem Africano as coisas possuem o mesmo grau de importância que, por exemplo, para um indivíduo dos Estados Unidos ?
Ou, o que é, deixa de ser tal como é, devido ás circunstâncias, muito embora se trate da mesma coisa ?

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