Livro - Retalhos de uma vida - Lançamento Retalhos de uma vida, conta testemunhos de guerra, sexo e relações interpessoais, analisadas segundo a perspectiva do autor - João António Fernandes - psicanalista Freudiano, que as vivenciou. O autor optou por uma escrita simples, que possa levar a maioria das pessoas a entender a idéia Freudiana. http://www.bookess.com/read/7054-livro-retalhos-de-uma-vida-/ ISBN - 978-85-8045-076-7

quinta-feira, 24 de março de 2011

Tempos de mudança

Continuamos a insistir, e a teorizar acerca daquilo que deve ser, e não é, ás voltas com uma organização social e política que não existe, desejando uma ética e moral que se mostra ausente, constatando o que qualquer ser humano enxerga.
A isso alguns chamam de ciência.
A repetição das mesmas referências ideológicas, inventando nomes para dar a idéia que se trata de coisas novas, quando apenas veste-se o velho com outra roupagem, cuja regeneração encontra-se no plano da educação e formação, que não na consciência.
Possuir consciência daquilo que não se toma consciência, ou seja, sentido, é verbalizar o que deve ser, mas não é, nem pode vir a ser, por não ser sentido.
O impasse de uma evolução apresenta por norma este cenário, em que se procura por algo diferenciado, em que o sujeito bate-se com uma resistência incorporada, como referência ideológica psíquica, que se tornou sistemática, sistémica, por isso mesmo repetitiva.
A resultante será procurar no que existe, algo que não possui, andando ás voltas, invadindo outras áreas do saber, na tentativa de procurar uma saída para o caos.
Falar em inversão é fácil numa sociedade de invertidos, entenda-se, submissos, passivos e dependentes, porque desse sentimento de impotência o sujeito tem consciência, em que a comunicação por si só parece ser incapaz de separar o poder, das questões éticas, políticas e sociais.
Para inverter é necessário, antes de reverter, suster um movimento repetitivo de um ideal instalado, que se pretende alcançar, cuja pausa pode proporcionar a tranquilidade suficiente para a reflexão.
Pegar no social, sem humanizar é tempo perdido.
Tentar humanizar sem educar e formar é construir uma ilusão.
Resultado o que enxergamos como evolução é simplesmente fruto de uma pressão, em que um dos lados tende a ceder um pouco para que possa prosseguir nas suas intenções, sem grandes solavancos emocionais.
Será antes o alívio de um sintoma psicótico perante a avalanche de impossibilidade de um meio social hostil, explosivo, mas não se trata propriamente de uma inversão, mas antes de uma falsa impressão de mudança de mentalidades.
Por isso retorna ao que sempre foi, porque nunca deixou de ser.
Neste caso quem detêm o poder se vê obrigado a ceder um pouco, como forma ¨ inteligente ¨ de o conservar.
Entretanto. A formação e educação fica mais uma vez adiada.
Até quando ?

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